"Estas chuvas que começaram a cair nos últimos dias de fevereiro e durante este mês de março alteraram completamente o panorama da albufeira", disse hoje à agência Lusa o presidente da Associação de Beneficiários do Lucefécit, Gonçalo Morais Tristão.
Com uma capacidade total de 10 milhões de metros cúbicos de água, a albufeira do Lucifécit tinha disponível para rega, há pouco mais de um mês, cerca de 700 mil metros cúbicos de água, quantidade que representa 10% das necessidades para uma campanha normal.
"O nosso perímetro de rega tem agora a expectativa de poder fazer, este ano, uma campanha de rega perfeitamente normal", indicou o responsável, adiantando que a barragem "encheu e até já descarregou, vários dias, diretamente para o Alqueva".
Segundo o presidente da associação de regantes, quando é atingido o limite da albufeira, a água é descarregada através da saída de fundo da barragem para a ribeira do Lucifécit e segue para a albufeira do Alqueva.
Gonçalo Morais Tristão realçou que a albufeira do Lucefécit "é relativamente pequena", notando que o regadio no perímetro "depende, todos os anos", do nível de armazenamento.
"Este ano, temos a campanha de rega assegurada. Em 2019, logo se vê", referiu.
O também agricultor contou que a instalação das culturas de primavera/verão, sobretudo milho, "está a ser preparada", explicando que "ainda não se avançaram com as sementeiras porque choveu bastante e os solos estão cheios de água".
"Com uns bons dias de sol e vento, será possível começar a entrar nos terrenos com as máquinas", assinalou, prevendo que esse trabalho seja feito dentro de "uma, duas ou três semanas, no máximo".
A Associação de Beneficiários do Lucefécit tem 106 agricultores e regantes, sendo que o perímetro de rega abrange uma área de 1.170 hectares.
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