A informação foi dada por Helena Fazenda numa audição, no parlamento, na comissão de Defesa Nacional, e em que confirmou que os acontecimentos de Tancos não alteraram o nível de alerta no país, numa resposta ao deputado do PSD Carlos Costa Neves.
A secretária-geral da Sistema de Segurança Interna relatou que foram feitas várias reuniões da Unidade de Coordenação Antiterrorista (UCAT) e que a esse organismo não chegaram informações que pudessem antecipar o furto.
“Não, claramente”, disse Helena Fazenda, não chegou à UCAT qualquer informação nesse sentido, que tem um sistema de partilha de informações.
Todos os membros da UCAT, entre eles forças de segurança e informações, sublinhou, concluíram que não se justificava a alteração do nível de alerta – uma responsabilidade que cabe ao Serviços de Informações e Segurança (SIS) e Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED).
Helena Fazenda informou os deputados de que se realizaram reuniões, a 29 e 30 de junho, para que foram convidados serviços da Procuradoria-Geral da República e o Chefe de Estado-Maior-General das Forças Armadas (CEMGFA), general Pina Monteiro.
Perante a situação grave acontecida em Tancos, a secretária-geral da segurança interna garante que "nunca se desvalorizou a ameaça".
Acontece, porém, que, "perante todos os elementos disponíveis não foi identificado qualquer elemento que alterasse a avaliação da ameaça existente no território nacional", ou seja, moderada.
Por duas vezes, a responsável garantiu que não houve elementos nem "quaisquer situações supervenientes" que ameaçassem a "segurança nacional" em "matéria de terrorismo".
Hoje de manhã, foi ouvido na comissão o general Pina Monteiro e na quinta-feira será a vez do secretário-geral do Sistema de Informações da República, Júlio Pereira.
O furto de material de guerra nos paióis nacionais de Tancos, Vila Nova da Barquinha, Santarém, foi divulgado pelo Exército no dia 29 de junho.
Granadas de mão, granadas foguete anticarro, de gás lacrimogéneo e explosivos estavam entre o material de guerra furtado.
Em 20 de julho, o ministro da Defesa anunciou que vai fechar definitivamente os paióis nacionais de Tancos devido às dificuldades logísticas de garantir a segurança.
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