Em comunicado, o SEF adianta que foram realizadas buscas às instalações de uma empresa de consultadoria de imigração que, alegadamente, com recurso às redes sociais, angariava clientes, na sua maioria indostânicos [da região do subcontinente indiano que inclui parte da Índia e do Paquistão], moradores em outros países europeus, prometendo-lhes títulos de residência em Portugal que nunca foram atribuídos.
No âmbito da operação “Coroa Branca” foram recolhidas provas de centenas de atestados de residência falsos, todos emitidos por uma Junta de Freguesia de Lisboa e comprovativos de obtenção do Número de Identificação Fiscal (NIF) para cidadãos estrangeiros não residentes, com recurso aos serviços de uma mulher portuguesa que em todos figurava como representante fiscal.
No alegado esquema, explica o SEF, a promessa de regularização em Portugal não passou de um logro, já que nenhum dos clientes da empresa iniciou o processo de regularização para atribuição de autorização de residência.
O Serviço detetou ainda um possível novo 'modus operandi', relacionado com o processo Brexit, em que os representantes da empresa ofereciam aos clientes estrangeiros que residem no Reino Unido, a promessa de obtenção de um Certificado de Residência para cidadão comunitário, que supostamente ajudaria a manter a liberdade de circulação em espaço Schengen, após a conclusão do processo de saída do país, mesmo que nunca tivessem residido ou pretendido residir em Portugal.
Por estes serviços, a empresa e os seus responsáveis alegadamente cobravam quantias entre os dois e os cinco mil euros a cada um dos seus clientes.
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