Devido ao aumento da sinistralidade rodoviária, o Governo pediu à ANSR para elaborar até setembro um plano de fiscalização, disse o presidente deste organismo, Jorge Jacob, na comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, onde foi ouvido a pedido do PSD.
No final da comissão, Jorge Jacob disse à agência Lusa que este plano de fiscalização vai incidir sobre a velocidade e o álcool.
Aos deputados, o presidente da ANSR afirmou que se registou “um agravamento da sinistralidade” em relação ao número de mortos nos meses de maio e junho deste ano, sendo uma situação preocupante, mas “não é ainda uma alteração da tendência” de descida que se tem vindo a verificar nos últimos anos.
Segundo o mesmo responsável, este ano há menos acidentes, mas são mais graves e as maiores subidas das vítimas mortais ocorreram nos distritos do Porto e Setúbal.
“Houve um comportamento anómalo”, disse, avançando que ainda “não há um mecanismo montado que permita apurar as causas dos acidentes”.
No entanto, apontou a degradação de algumas estradas nacionais e o aumento do tráfego como possíveis fatores.
De acordo com a ANSR, os acidentes nas estradas portuguesas provocaram no primeiro semestre do ano 237 mortos, mais 44 do que em igual período de 2016.
Sobre o Sistema Nacional de Controlo de Velocidade (SINCRO), Jorge Jacob deu conta aos deputados que estão a funcionar 22 radares, um ano depois de ter sido instalado o primeiro.
O SINCRO é o sistema para deteção automática da infração de excesso de velocidade, sendo composto por 30 radares móveis instalados em 50 locais considerados críticos.
Apesar de ainda não estar a funcionar em pleno, o presidente da ANSR disse que o objetivo deste sistema “está a ser cumprido”, uma vez que os condutores “já adequaram o comportamento” e “baixam a velocidade” quando se aproximam de um radar.
Jorge Jacob estima que, na próxima semana, todos os radares estejam a funcionar.
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