Os “seis sindicatos independentes” que assinam o pré-aviso (ASPL, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SIPE, SIPPEB e SPLIU) divulgaram a decisão em comunicado, no qual a justificam com a “ausência de respostas” a questões como condições e horários de trabalho bem definidos, combate à precariedade docente, e “maior eficácia, eficiência e humanismo no funcionamento dos agrupamentos de escolas e escolas não agrupadas”.
Os dois maiores sindicatos de professores, FNE e Fenprof, anunciam também na tarde de hoje se vão ou não convocar uma greve, mas para o dia 21 de junho.
Fenprof remete decisão final sobre a greve para hoje à tarde
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) remeteu para hoje à tarde a confirmação da greve prevista para o dia 21, depois de uma reunião no Ministério da Educação, em Lisboa.
Em declarações aos jornalistas, o secretário-geral da federação, Mário Nogueira, admitiu que poderão ser marcadas hoje novas reuniões com a tutela no sentido de passar a escrito algum compromisso sobre as matérias discutidas.
Considerou porém que o resultado da reunião ficou aquém da expetativa e remete para o secretariado nacional da organização uma decisão final sobre a greve anunciada para o dia 21, época de exames.
Mário Nogueira estimou que ao final da tarde deve ficar a saber-se se o pré-aviso de greve é entregue hoje ou não.
De acordo com Mário Nogueira, o Ministério admitiu um novo contacto da parte da tarde também para agendar uma reunião de caráter mais técnico sobre os lugares/horários postos a concurso para vinculação extraordinária, depois de a Fenprof ter contestado o número de vagas divulgado no mês passado.
A Fenprof vai também hoje contactar os professores do ensino artístico especializado para saber se pretendem avançar com a greve às avaliações que tem início na quarta-feira.
Segundo Mário Nogueira, trata-se de um universo de 200 docentes para os quais também se pretende abrir um conjunto de vagas para vinculação extraordinária.
Apesar de não ter havido um compromisso para este ano, a Fenprof admitiu que poderá haver novidades para o próximo ano.
Sobre duas questões consideradas fundamentais, a progressão na carreira e um regime especial de aposentação, ao fim de 36 anos de serviço, não houve qualquer evolução, indicou o dirigente sindical.
“As finanças têm aqui um grande peso”, afirmou Mário Nogueira.
Relativamente à vinculação extraordinária de professores, poderá haver novos processos em 2018 e 2019, referiu.
Mário Nogueira disse também que a tutela admitiu considerar o tempo de intervalo do primeiro ciclo como componente letivo.
As estruturas sindicais exigem compromissos do governo, no sentido de serem garantidos e calendarizados novos concursos de vinculação de professores precários até ao final da legislatura.
Um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalizações, e uma revisão dos horários de trabalho, no que concerne à definição do que é componente letiva e não letiva, estão entre as questões que os sindicatos querem ver negociadas.
Respostas do Governo “claramente insuficientes” para evitar greve, diz FNE
As respostas do Ministério da Educação são “claramente insuficientes” para evitar que a greve seja feita, disse hoje o secretário-geral da Federação Nacional da Educação (FNE), no final de uma reunião com a tutela.
À semelhança da Fenprof, a FNE remeteu para o final da tarde de hoje a confirmação da entrega do pré-aviso de greve para o dia 21 deste mês.
“Há um conjunto de matérias que precisam de respostas mais concretas”, afirmou o dirigente da FNE, João Dias da Silva, destacando a questão da aposentação ao fim de 36 anos de serviço e o descongelamento das carreiras para todos “sem exceção” a partir de janeiro.
A FNE admitiu porém que o ministério manifestou disponibilidade para discutir os cerca de 800 lugares que, nas contas da federação, faltam nas listas do concurso de vinculação extraordinária divulgadas no mês passado.
Dias da Silva afirmou que, durante a tarde, será analisado o conteúdo da reunião no ministério, para ser anunciada uma decisão final sobre a greve ainda hoje.
As estruturas sindicais exigem compromissos do governo, no sentido de serem garantidos e calendarizados novos concursos de vinculação de professores precários até ao final da legislatura.
Um regime especial de aposentação ao fim de 36 anos de serviço, sem penalizações, e uma revisão dos horários de trabalho, no que concerne à definição do que é componente letiva e não letiva, estão entre as questões que os sindicatos querem ver negociadas.
A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) e a Federação Nacional da Educação (FNE) anunciaram na passada quinta-feira, 1 de maio, a intenção de realizar uma paralisação no dia 21 de junho.
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