Os caças franceses vão substituir a antiga frota de MiG russos da Força Aérea sérvia e serão entregues até 2029.
Belgrado vai adquirir nove Rafale monolugares e três Rafale bilugares por 2,7 mil milhões de euros, anunciou o Presidente sérvio Aleksandar Vucic, logo após a assinatura.
Vucic manifestou-se também grato por “se juntar ao prestigiado clube Rafale”.
Emmanuel Macron chegou hoje à Sérvia para uma visita de dois dias, tendo sido recebido à saída do avião pelo seu homólogo Aleksandar Vucic.
A compra dos aviões de combate é delicada, pois Belgrado, candidato à adesão à União Europeia, mantém relações com Moscovo apesar da invasão da Ucrânia e não impôs sanções à Rússia desde o início da guerra, em 2022.
Vucic afirmou, numa entrevista à AFP na quarta-feira, que quase todos os “aviões intercetores” sérvios e todos os “aviões de combate vieram da Rússia”.
“Temos de evoluir, mudar os nossos hábitos e tudo o resto para preparar o nosso exército”, frisou.
A França também apresenta este argumento, evocando uma lógica de ligar a Sérvia à União Europeia.
Numa carta publicada hoje na imprensa sérvia, Macron reiterou que a Sérvia tem “o seu lugar pleno” na União Europeia.
Oito meses depois das eleições legislativas sérvias marcadas pela fraude, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Parlamento Europeu, ganhas pelo partido presidencial, o Eliseu acredita que este processo de adesão deverá levar Belgrado a “consolidar o Estado de direito”.
Emmanuel Macron deve ainda defender ‘in loco’ a “normalização das relações com o Kosovo”.
Desde a independência do Kosovo em 2008, que a Sérvia nunca reconheceu o novo país, ao contrário de muitos países ocidentais, e todas as tentativas de apaziguamento e diálogo falharam.
Além do negócios dos Rafale, estão também em curso negociações com a produtora e distribuidora de energia francesa EDF sobre energia nuclear civil.
Na sexta-feira, os dois governantes realizam uma visita conjunta a Novi Sad, a segunda maior cidade do país.
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