Os deputados de todos os partidos, os membros da mesa da Assembleia Legislativa da Madeira (ALM) e todos os elementos do governo regional presidido pelo social-democrata Miguel Albuquerque acabaram por abandonar a sala.
José Manuel Coelho acabou por exceder o tempo (cinco minutos) que tinha de acordo com o regimento para discursar, e não abandonou a tribuna mesmo quando o presidente da ALM, Tranquada Gomes, lhe cortou a palavra.
José Manuel Coelho esteve então a falar sozinho no hemiciclo do parlamento madeirense durante cerca de 20 minutos, tendo de seguida abandonado a sala.
As luzes do hemiciclo madeirense chegaram a ser apagadas e só quando Coelho abandonou a sala os trabalhos foram então retomados.
O deputado considerou que “todos objetivos [de Abril] ficaram por cumprir e foram perdendo eficácia ao longo dos tempos” e que uma das “falhas” foi não conseguir “desmantelar a máquina da justiça de Salazar”.
Insistiu nas mesmas críticas à justiça, opinado que existem “presos políticos em Portugal”, detidos por crime de difamação e delito de opinião, pelo que “o fascismo começa a surgir de novo com outras roupagens”.
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