Em causa estará a ação de Rui Susano, o diretor clínico do Hospital da Horta, que, segundo o SIM/Açores, "persegue e intimida as pessoas, com uma atitude já conhecida de prepotência, e que afasta as pessoas de participar e ajudar", denunciou o sindicato, lamentando que num hospital onde "há dificuldade em arranjar profissionais", como o da Horta, "se maltrate tanto os médicos, que são obrigados e coagidos a coisas que, além de ilegais, são imorais".
As declarações de André Frazão foram feitas aos jornalistas, em conferência de imprensa, na cidade da Horta, depois de reuniões mantidas entre os membros do SIM/Açores e os médicos do Hospital da Horta e da Unidade de Saúde de Ilha do Faial.
O secretário-geral do SIM/Açores apelou, por isso, ao Conselho de Administração do Hospital da Horta para que tome medidas no sentido de "proteger os médicos" da situação de "exaustão e desmotivação" a que estão sujeitos naquela unidade de saúde, para que, com isso, possa também "proteger os utentes".
Confrontado com estas críticas, o presidente do Conselho de Administração do Hospital da Horta, João Morais, disse à Lusa que vai requerer, por escrito, explicações ao SIM/Açores, no sentido de justificar as acusações que faz ao diretor clínico e o Conselho de Administração.
"Vou, de imediato, pedir por escrito, ao representante máximo do SIM nos Açores, que justifique estas afirmações ou apresente quais são estas ilegalidades, imoralidades e perseguições, que são feitas dentro desta instituição, para que o Conselho de Administração reaja adequadamente", explicou o gestor hospitalar.
João Morais lamentou também que os membros do sindicato, que estiverem reunidos com os médicos dentro do Hospital da Horta, não tenham tido a preocupação de ouvir o contraditório antes de irem para a comunicação social fazer "afirmações graves" como estas.
Além das críticas ao Hospital da Horta, o SIM/Açores acusou também a direção clínica da Unidade de Saúde de Ilha do Faial (ex-centro de saúde) de "ingerência na gestão das agendas dos médicos de família", situação que, no entender de André Frazão, "traz prejuízos para a qualidade dos serviços de saúde prestados à população".
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