Numa carta enviada à ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Casto, o SIM admite recorrer à greve e diz que a situação se tem agravado, com reclusos em situação de descompensação psíquica e sem vagas para tratamento, tanto mais que o número de médicos e de camas não acompanha o aumento de doentes.
A falta de respostas na intervenção psiquiátrica, diz o SIM, “acarreta riscos para a saúde e segurança dos doentes psiquiátricos, bem como para os profissionais de saúde que deles cuidam”.
“A manutenção de doentes mentais graves, em meio prisional ao longo destes últimos anos, é Insustentável”, diz-se na carta, a que a Lusa teve acesso, na qual se alerta que a situação leva a que nem os doentes inimputáveis nem os reclusos doentes mentais “estejam a ser devidamente tratados”.
Na carta o SIM pede uma resposta da ministra dentro de 30 dias, admitindo, na falta dela, consultar os associados quanto à possibilidade de uma greve dos médicos, pedindo ao mesmo tempo a intervenção da Ordem dos Médicos.
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