O apresentador de televisão que vai dirigir-se hoje aos líderes por videoconferência, afirmou que “não existe dúvida” sobre o aquecimento global e a perda de biodiversidade, assim como o facto de que as “nossas sociedades e nações são desiguais”.
Defendeu também, em declarações divulgadas pela organização da cimeira, que a questão “que a ciência nos força a abordar especificamente em 2021 é se, como resultado desses factos interligados, estamos prestes a desestabilizar todo o planeta”.
“Se for assim, então as decisões que tomarmos nesta década – em particular as decisões tomadas pelas nações economicamente mais avançadas – são as mais importantes na história da humanidade”, enfatizou.
Todos os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e a União Europeia comprometeram-se a alcançar zero emissões líquidas de gases com efeito de estufa até 2050, mas muitos ambientalistas receiam que seja tarde demais.
Os líderes dos países industrializados pretendem anunciar novos planos de financiamento climático para ajudar os países mais pobres a reduzir as emissões de carbono e adaptarem-se ao impacto das alterações climáticas.
O plano ‘Reconstruir Melhor para o Mundo’ pretende garantir fundos para infraestruturas essenciais, desde ferrovias em África, a parques eólicos na Ásia.
“A nova abordagem pretende dar aos países em desenvolvimento acesso a mais, melhor e mais rápido financiamento, à medida que acelera a mudança global para energias renováveis e tecnologias sustentáveis”, adiantou o Governo britânico, objetivo que deverá ser desenvolvido na cimeira climática COP26 em novembro, em Glasgow, também sob presidência britânica.
O G7 vai também subscrever um “Pacto da Natureza” na reunião desta tarde para travar e reverter a perda de biodiversidade até 2030, incluindo o apoio à meta global de conservar ou proteger pelo menos 30% da terra e 30% do oceano mundialmente até ao final da década.
Hoje, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, lançou o “Fundo Planeta Azul”, com 500 milhões de libras (583 milhões de euros) para apoiar países como o Gana, Indonésia e estados insulares do Pacífico a combater a pesca insustentável, proteger e restaurar ecossistemas costeiros como manguezais e recifes de coral e reduzir a poluição marinha.
O encontro termina hoje, estando o comunicado final e conferências de imprensa individuais de cada país previstas para o início da tarde.
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