Numa conversa telefónica, os dois líderes abordaram a situação na batalha por Bakhmut, no leste da Ucrânia, e reconheceram “a coragem daqueles que defendem a região”, sublinhou, em comunicado, o gabinete do primeiro-ministro britânico (Downing Street).

Rishi Sunak abordou também “as suas discussões com os homólogos de França, Estados Unidos e Austrália nos últimos dias” sobre o apoio militar à Ucrânia.

“O Reino Unido continua a trabalhar em estreita colaboração com os seus aliados para garantir que a Ucrânia receba o equipamento defensivo de que precisa”, destacou ainda Downing Street na nota de imprensa.

Para Sunak, é “vital” que a Ucrânia tenha capacidade para “mudar a equação no campo de batalha o mais rápido possível”.

O primeiro-ministro britânico e Zelensky também saudaram o facto de que as tropas francesas vão participar no treino que os militares ucranianos recebem por parte do Exército britânico, o que “dará à Ucrânia uma vantagem adicional no campo de batalha”.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Neste momento, pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.173 civis mortos e 13.620 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.