O Ministério da Saúde brasileiro informou que o último caso desta doença foi confirmado em junho. No total, 777 pessoas foram infetadas, das quais 261 morreram.
Outros 2.270 casos foram descartados e 213 continuam em investigação. Além disso, 304 casos foram considerados inconclusivos, pois não foi possível confirmar a infeção por febre-amarela ou não se encaixavam na definição de caso. No total, foram 3.564 notificações.
O anúncio do fim do surto foi feito pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros, após a apresentação do novo boletim epidemiológico sobre a situação da doença no país.
“A situação, hoje, está sob controlo, mas é fundamental que os estados e municípios se esforcem para aumentar as coberturas vacinais nas áreas com recomendação, seja com a busca ativa de pessoas não vacinadas ou através de campanhas específicas, envolvendo também as escolas”, frisou o ministro brasileiro, em um comunicado.
A febre-amarela preocupou o Governo brasileiro porque a doença também pode ser transmitida em áreas urbanas pelo mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue, do Zika e da febre Chikungunya.
O surto de febre-amarela detetado no início de 2017 foi considerado invulgar no país, já que os órgãos de saúde contabilizavam apenas alguns casos a cada ano e, geralmente, a doença era transmitida pelo mosquito Haemagogus, que vive em áreas de floresta.
Em 2017, porém, a doença também ocorreu em áreas não consideradas em risco, onde as taxas de vacinação eram baixas.
Em resposta ao surto de febre-amarela, o Brasil montou uma campanha de vacinação maciça, enviando mais de 36,7 milhões de doses para diversos estados do país.
Os esforços de vacinação continuam, já que o Ministério da Saúde diz que a taxa média de cobertura em áreas que têm o peso do surto é de cerca de 60%, abaixo do objetivo de 95%.
Comentários