O arguido, de 55 anos, terá de se apresentar “em posto policial com cadência trissemanal”, na sequência do interrogatório judicial efetuado, indica a PJ, em comunicado.

Na nota, a PJ adianta ainda que o homem é suspeito da prática de crime de ofensa à integridade física grave.

“Após o conhecimento da notícia dos factos, iniciaram-se prontamente diligências relativas ao exame do local, à recolha de suporte probatório quanto à prática criminosa e à detenção fora de flagrante delito do arguido, fortemente indiciado, por ora e em face da vítima não ter sido ainda localizada com ou sem vida, pela prática de um crime de ofensa à integridade física grave”, refere a PJ.

Apesar de no comunicado da PJ ser referido que a vítima ainda não foi localizada, hoje à tarde a Autoridade Marítima Nacional (AMN) anunciou que o corpo do pescador que desapareceu na quarta-feira no mar tinha sido encontrado ao largo da Boca do Inferno.

Numa nota divulgada no ‘site’, a AMN indicava que o corpo foi encontrado às 14:45 por elementos do Grupo de Mergulho Forense da Polícia Marítima, a cerca de 11 metros de profundidade.

“O corpo da vítima foi recolhido e transportado para o cais de receção da marina de Cascais, onde foi declarado o óbito pelo delegado de saúde. Foi contactado o Ministério Público, tendo o corpo sido posteriormente transportado para o Instituto de Medicina Legal da Guia, em Cascais, pelos Bombeiros Voluntários da Parede, após as diligências da Polícia Judiciária”, lia-se no comunicado.

O pescador, de 49 anos, desapareceu no mar na noite de quarta-feira, após cair à água naquela zona do distrito de Lisboa.

De acordo com a AMN, pessoas que estavam no local relataram que o homem caiu à água “após uma discussão com outra pessoa, tendo a Polícia Judiciária identificado e detido um homem de 54 anos por suspeitas de estar envolvido na queda da vítima”.

Nas operações de busca, que decorreram por mar e por terra, estiveram envolvidos a Estação Salva-vidas de Cascais, o navio NRP Setúbal (da Marinha), o comando local da Polícia Marítima de Cascais, os Bombeiros Voluntários de Cascais e os Bombeiros Voluntários de Alcabideche.

A família da vítima está a receber apoio psicológico da Polícia Marítima.