O Governo anunciou na quinta-feira à noite que chegou a acordo com os acionistas privados da TAP, passando a deter 72,5% do capital da companhia aérea, por 55 milhões de euros.
Em declarações aos jornalistas no parlamento, o deputado José Luís Ferreira salientou que o PEV sempre defendeu o controlo público da TAP, tendo apresentado na semana passada um projeto nesse sentido que foi chumbado.
“Consideramos que o controlo público é a única forma de colocar a TAP ao serviço do desenvolvimento do país, da economia e de Portugal”, disse.
Por isso, o líder parlamentar do PEV insistiu na necessidade de o Estado “tomar conta da gestão da TAP”, apontando o recente plano de rotas da empresa como exemplo de que esta tem sido gerida “sem ter em consideração o interesse público e até virando costas a qualquer contributo do relançamento da economia”.
“Face às negociações que decorreram, e cujos contornos não são conhecidos, vamos esperar que esse reforço de capital seja refletido ao nível do peso da gestão do Estado”, disse.
Questionado se a solução anunciada pelo Governo ficou aquém do defendido pelos Verdes, o deputado respondeu afirmativamente.
“O capital privado não deve fazer parte da equação ou da solução para os problemas da TAP”, disse.
Questionado sobre a necessidade de uma auditoria, coo defendeu o BE, ou até de uma comissão parlamentar de inquérito sobre a companhia área, o líder parlamentar do PEV considerou ser prematuro fazer essa apreciação.
“Primeiro vamos ver as propostas para depois nos pronunciarmos sobre elas”, disse.
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