Segundo Álvaro Cardoso, presidente da Junta de Vieira de Leiria, no concelho da Marinha Grande, distrito de Leiria, as escolas sofreram danos ao nível da cobertura, que estão a ser reparados. "As obras são da responsabilidade da Câmara. Prevemos que amanhã [quarta-feira] se possa abrir a secundária", disse o autarca.
Na página de Facebook, o Município da Marinha Grande informou que a reabertura da EB1 da Praia da Vieira já está prevista para quinta-feira.
Álvaro Cardoso referiu ainda que estão a decorrer operações de limpeza em toda a freguesia para "retomar a normalidade o mais rapidamente possível".
O fornecimento de energia e de água já foi reposto, podendo-se verificar falhas "em casos pontuais, que estão a ser reportados de imediato" às empresas responsáveis.
Ao nível das comunicações, o presidente da Junta admitiu que "ainda há algumas dificuldades", assim como se tem verificado falhas na rede de internet.
Na reunião de Câmara, que está a ser transmitida ‘online’, a vereadora da CDU, Alexandra Dengucho, propôs que fosse criado um fundo de emergência municipal para fazer face aos prejuízos de particulares e empresários, e defendeu a criação de duas equipas multidisciplinares para efetuarem o levantamento de todos os danos e valores em causa.
A presidente do Município, Cidália Ferreira (PS), informou que está a ser elaborado um documento, com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) com as situações onde se registaram maiores problemas.
"Estamos a articular tudo com a CCDRC e temos solicitado a particulares e empresários que nos façam chegar os problemas que tiveram e os prejuízos. Sabemos que vai haver um Conselho de Ministros e que este assunto será lá abordado. Queremos ter já todo o levantamento feito para entregar à CCDRC", explicou Cidália Ferreira.
Questionada pelo vereador independente do Movimento pela Marinha, Aurélio Ferreira, sobre o que foi feito pela autarquia como prevenção do furacão, Cidália Ferreira revelou que esteve sempre em articulação com a proteção civil, comando distrital, GNR, bombeiros, EDP e Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, para intervirem de imediato.
"Tivemos as estradas entre Marinha e São Pedro de Moel, Marinha e Vieira de Leiria, e Garcia e Pilado encerradas devido a quedas de árvores, e a primeira medida que tomámos foi a desobstrução das vias de comunicação, para que as populações pudessem ser acudidas caso fosse necessário".
A passagem do furacão Leslie por Portugal, no sábado e domingo, onde chegou como tempestade tropical, provocou 28 feridos ligeiros e 61 desalojados.
A Proteção Civil mobilizou 8.217 operacionais, que tiverem de responder a 2.495 ocorrências, sobretudo queda de árvores e de estruturas e deslizamento de terras.
O distrito mais afetado pelo Leslie foi o de Coimbra, onde a tempestade, com um "percurso muito errático", se fez sentir com maior intensidade, segundo a Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC).
Na Figueira da Foz, uma rajada de vento atingiu os cerca de 176 quilómetros por hora no sábado à noite, valor mais elevado registado em Portugal, de acordo com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
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