O macho de cinco anos, chamado "Conflict Tiger" ou "CT-1", foi tranquilizado e capturado quase uma semana depois de especialistas concordarem que o animal representava uma ameaça, pelo que autorizaram a sua captura.
O animal terá matado 13 moradores de áreas florestais remotas no estado de Maharashtra ocidental desde dezembro. A sua última vítima foi no mês passado.
“Nós seguimos o tigre por um tempo e finalmente foi capturado na floresta”, disse Kishor Mankar, um funcionário de proteção da natureza, à AFP. De acordo com Mankar, todas as vítimas foram atacadas na floresta, onde algumas viviam ou apanhavam lenha.
O tigre foi transferido para a região vizinha de Nagpur, onde é acompanhado por veterinários até que seja decidido se será solto ou mantido em cativeiro.
O CT-1 não é um caso raro no país. No sábado, a polícia abateu um tigre que matou várias pessoas no estado de Bihar, no leste do país, durante uma operação que envolveu 200 pessoas.
Em Bhopal, no centro da Índia, uma universidade cancelou um evento para 10.000 estudantes porque um tigre deambulava pelo campus desde a semana anterior.
Defensores do meio ambiente atribuem o aumento do conflito humano-animal em partes da Índia à expansão das áreas urbanas sobre as florestas.
Cerca de 225 pessoas foram mortas em ataques de tigres entre 2014 e 2019 na Índia, segundo dados do governo. Mais de 200 tigres foram abatidos por caçadores ilegais ou eletrocutados entre 2012 e 2018, segundo as informações oficiais.
A Índia abriga cerca de 70% da população mundial de tigres, ou seja, 2.967 exemplares registados em 2018.
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