Na sexta-feira, a Fectrans — Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações explicou que os trabalhadores e sindicatos convocaram uma nova greve por não haver respostas sobre a proposta de aumento salarial para 750 euros.
De acordo com o sindicato, os trabalhadores da TST vão fazer uma concentração em frente à Câmara Municipal de Almada, por volta das 10:00, na segunda-feira, estando previsto serem recebidos pela presidente da autarquia.
À semelhança das greves já realizadas em março e abril, a questão central continua a ser o aumento de salários, os direitos dos trabalhadores e a sobrecarga horária, segundo a Fectrans.
Em 23 de janeiro, os trabalhadores reuniram-se com a administração para negociar a revisão do Acordo de Empresa, a qual lhes propôs o aumento de salário de 651,61 euros para 670 euros, além de um acréscimo de 0,91 cêntimos nas diuturnidades e de mais cinco euros no trabalho em dias de folga, uma proposta que os trabalhadores consideraram insuficiente.
Perante as reivindicações e greves, em abril, a TST indicou que a proposta de aumento salarial até 750 euros representa um impacto de mais de dois milhões de euros acima dos valores já aplicados em 2019, considerando incomportável para o plano de negócios da empresa.
No início do mês de maio, os trabalhadores reuniram-se com um elemento da administração responsável pela parte financeira e económica da empresa que, de acordo com a Fectrans, não trouxe nada de novo.
A última greve dos trabalhadores, realizada em abril, teve uma adesão de 95%, segundo o sindicato, e de 75%, de acordo com a empresa, e levou à supressão das carreiras de Setúbal para Lisboa, via autoestrada, Ponte Vasco da Gama e Ponte 25 de Abril.
A TST, detida pelo grupo Arriva, desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, Sesimbra e Setúbal.
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