“Vamos discutir com os trabalhadores se aceitamos ou não aceitamos o que está em cima da mesa, se vamos continuar a ter a reivindicação de um aumento de salários”, adiantou à Lusa José Manuel Oliveira, da Fectrans – Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações.
Em 23 de janeiro, os trabalhadores reuniram-se com a administração da TST para negociar a revisão do Acordo de Empresa, em que lhes foi proposto o aumento do salário de 651,61 euros para 670 euros, além do acréscimo de 0,91 cêntimos nas diuturnidades e de mais cinco euros no trabalho em dia de folga, passando a receber 42,50 euros.
“Houve um processo de negociação e é isso que nos leva a fazer o ponto de situação com os trabalhadores e decidir que posição assumir. Nós achamos que é insuficiente e é isso que vamos colocar aos trabalhadores, mas serão eles a decidir se consideram razoável ou se vamos manter a posição de um maior aumento”, explicou.
Os trabalhadores afetos à Fectrans e ao Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP) entram, assim, em greve na madrugada de sexta-feira para poderem estar presentes no plenário na sede da empresa, no Laranjeiro, em Almada (Setúbal), pelas 10:00.
“É às 03:00 que termina um ciclo de trabalho e se inicia o seguinte, apesar de nem todos os funcionários entrarem a essa hora, mas este horário é para permitir que os trabalhadores não tenham que entrar ao serviço e depois interromper para o plenário, o que seria pior até para os utentes”, indicou.
De acordo com José Manuel Oliveira, costumam participar nestes plenários “mais de uma centena de trabalhadores”, apesar de nem todos fazerem greve e, por isso, não é possível ter noção de que forma vai afetar o funcionamento dos transportes rodoviários.
“Vai depender do nível de adesão dos trabalhadores. Tendo em conta situações anteriores, costuma haver uma boa participação dos trabalhadores das diversas áreas da empresa que vêm reunir no Laranjeiro. Se for ao mesmo nível, vamos ter uma forte perturbação em todo o serviço, pelo menos na parte da manhã”, revelou.
A TST desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal, com 190 carreiras e oficinas em quatro concelhos, designadamente Almada, Moita, em Sesimbra e Setúbal.
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