“Tanto no Montijo como na Moita, a greve tem a ver essencialmente com a falta de pessoal para distribuir o correio, o que faz com que os elementos existentes fiquem sobrecarregados por fazerem o trabalho em dobro”, adiantou à Lusa o secretário-geral do Sindicato Democrático dos Trabalhadores dos Correios, Telecomunicações, Media e Serviços (SINDETELCO), Vítor Pereira.
Em cada um destes concelhos trabalham “cerca de 18 carteiros”, mas, segundo Vítor Pereira, no Montijo são necessários pelo menos mais três, enquanto na Moita há uma carência de nove trabalhadores.
Além disso, o sindicalista advertiu que é preciso um novo “estudo sobre os giros dos carteiros para aumentar os domicílios” nestas duas zonas e, sobretudo, no Montijo onde a população “tem crescido exponencialmente”.
Segundo Vítor Pereira, a juntar-se a este esforço diário que “dura há semanas”, a empresa de correios “não paga o trabalho extraordinário”.
Por estes motivos, os carteiros dos CTT da Moita e do Montijo vão paralisar parcialmente a partir da próxima terça-feira e até dia 28 de junho, apenas no segundo período de trabalho (a partir das 11:30 ou das 12:30).
A greve vai realizar-se durante 14 dias úteis e pode causar “mais atrasos do que os que já há na entrega do correio”, advertiu o representante.
Ainda assim, segundo um comunicado do SINDETELCO, durante o período de greve estão garantidos os serviços mínimos através dos dirigentes, delegados sindicais e trabalhadores não aderentes, assegurando a entrega de “telegramas de óbito, distribuição de correspondências com matérias perecíveis e entrega de medicamentos”.
No dia 11, terça-feira, os funcionários vão também concentrar-se em protesto em frente às lojas CTT da Moita e do Montijo, entre as 08:30 e as 11:30.
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