O prémio, no valor de 15 mil euros, foi hoje entregue, na Câmara de Guimarães.
A investigadora, de 24 anos, explicou à Lusa que o objetivo é fazer “uma espécie de triagem” dos doentes com cancro do esófago, de modo a poder definir o tratamento mais adequado e mais favorável.
“O meu projeto passa pela identificação das moléculas que estão presentes no doente, para perceber se ele vai ou não responder à radioterapia”, referiu.
Sublinhou que, atualmente, os doentes são avaliados de acordo com o estado do tumor e o tratamento é definido em função dessa avaliação, podendo optar-se pela radioterapia ou pela cirurgia.
A ideia de Ana Catarina Silva é, através de amostras de sangue, antecipar a resposta que o doente vai dar ao tratamento.
“Se se concluir que vai responder à radioterapia, poupa-se o doente à intervenção cirúrgica, que é extremamente invasiva e muito complicada. Se se concluir que não vai responder, parte-se logo para a cirurgia, sabendo-se que neste tipo de doenças o tempo pode fazer toda a diferença”, referiu.
A investigação vai agora ser desenvolvida, com a ajuda do prémio hoje atribuído.
O júri decidiu ainda atribuir uma menção honrosa a Lúcia Raquel Moreira Faria, internista no Hospital de S. João, no Porto, por um trabalho sobre o Lúpus Eritematoso Sistémico, uma doença autoimune debilitante e imprevisível, caraterizada pela heterogeneidade clínica e laboratorial.
A edição 2019 recebeu um total de 44 candidaturas.
Instituído pela Fundação D. Manuel II, pela Universidade do Minho e pelo Município de Guimarães e destinado a “menores de 40 anos”, o prémio tem como objetivo reconhecer a investigação de excelência na área das ciências biomédicas.
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