Os militares, nove homens e uma mulher, são suspeitos de agredir três homens no posto da Murtosa, no distrito de Aveiro, em agosto de 2015.
O caso, que chega agora a julgamento, aconteceu na sequência das investigações a uma agressão a três guardas que estavam de folga, na madrugada do dia 30 de agosto de 2015, no interior e nas imediações de um bar na Torreira, naquele concelho, perpetrada por um grupo numeroso de indivíduos.
No dia a seguir a este episódio violento, os militares intercetaram três homens e levaram-nos para o posto da GNR da Murtosa, onde alegadamente os sujeitaram a agressões físicas e verbais para obterem informações sobre a identidade e o paradeiro dos elementos do grupo que atacou os guardas.
O Ministério Público fala num plano “gizado” pelos militares agredidos, de comum acordo e em conjugação de esforços com os restantes arguidos, de forma a satisfazerem o seu desejo de vingança pelas agressões de que foram vítimas e no sentido de apurar todos os responsáveis por aquele ato.
As agressões aos três militares, que deram origem à ação da GNR, já foram julgadas no tribunal de Aveiro, num processo que terminou com a condenação de cinco homens a penas de prisão suspensa, que variam entre dois anos e meio e quatro anos, e a absolvição de outros dois acusados.
O coletivo de juízes deu como provado que os arguidos, com idades entre os 26 e 37 anos, agiram da forma descrita na acusação, sabendo que os visados eram militares da GNR e quiseram ofender corporalmente os mesmos por causa das suas funções.
por três crimes de ofensa à integridade física qualificada.
A suspensão das penas ficou condicionada à obrigação de os arguidos pagarem aos ofendidos parte do montante indemnizatório a que foram condenados.
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