O Governo dos Estados Unidos anunciou no domingo que não iria obstaculizar uma operação turca contra as milícias curdas, no norte da Síria, dizendo que retiraria o seu contingente militar de várias zonas deste país, numa decisão muito contestada dentro e fora dos EUA.

Hoje, na sua conta pessoal da rede social Twitter, Trump disse que os Estados Unidos nunca deveriam ter-se envolvido em conflitos no Médio Oriente, onde “gastou oito biliões de dólares (quase oito biliões de euros) a lutar a policiar”.

“Milhares dos nossos grandes soldados morreram ou ficaram gravemente feridos. Milhões de pessoas morreram, do outro lado. Envolvermo-nos no Médio Oriente foi a pior decisão já tomada na história do nosso país”, escreveu Donald Trump.

O Presidente norte-americano criticou ainda a intervenção militar no Iraque, no início deste século, dizendo que o seu país foi para a guerra “sob uma premissa falsa e desmentida, as armas de destruição massiva”.

Sobre a remoção da presença militar na Síria, anunciada no passado domingo, Donald Trump disse que a “Turquia deve tomar conta dos combatentes do Estado Islâmico detidos”, referindo-se aos cerca de 12 mil prisioneiros do grupo jihadista sob controlo das milícias curdas.

“As intermináveis guerras estúpidas devem terminar, para nós”, concluiu o Presidente dos EUA, que aceitou não se envolver e numa incursão militar da Turquia no norte da Síria, durante um telefonema com o Presidente turco, Recep Erdogan.

A decisão de Washington foi lida como um sinal verde para a ofensiva turca contra os curdos, que suscitou imediata reação da comunidade internacional, bem como de ambos os partidos norte-americanos, criticando a forma como Trump deixou desamparadas as milícias curdas, que lutaram ao lado do exército norte-americano contra o Estado Islâmico.

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