Na passada semana, o vídeo de uma manifestação na cidade de Buffalo, no estado de Nova Iorque, causou uma onda de indignação, por revelar imagens de um idoso, Martin Gugino, a ser empurrado por dois polícias antes de cair no chão, durante uma manifestação contra o racismo.
Uma declaração inicial das autoridades disse que o manifestante, que estava a sangrar e parecia ter perdido a consciência, “tropeçou e caiu”.
Mas, perante a indignação provocada pelas imagens de vídeo, os dois agentes envolvidos foram suspensos e foi aberta uma investigação.
Hoje, Donald Trump usou a sua conta pessoal da rede social Twitter para sugerir que a queda de Gugino possa ter sido uma encenação.
“O manifestante de Buffalo empurrado pela polícia pode ser um provocador da Antifa”, escreveu o Presidente, referindo-se ao movimento antifascista que acusa de ter fomentado episódios de violência na sequência da morte do afro-americano George Floyd.
Donald Trump fez, de seguida, referência, um pouco confusa, a uma reportagem de um canal televisivo segundo a qual o manifestante teria procurado intercetar as comunicações da polícia.
“Terá sido uma encenação?”, interrogou-se o Presidente.
O afro-americano George Floyd, de 46 anos, morreu em 25 de maio, em Minneapolis (Minnesota), depois de um polícia branco lhe ter pressionado o pescoço com um joelho durante cerca de oito minutos, numa operação de detenção, apesar de Floyd dizer que não conseguia respirar.
O agente compareceu em tribunal na segunda-feira, acusado de homicídio.
Desde a divulgação das imagens da detenção nas redes sociais, têm-se sucedido os protestos contra a violência policial e o racismo em dezenas de cidades norte-americanas, algumas das quais foram palco de atos de pilhagem.
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