O resgate do jovem, Kaan, foi transmitido em direto pela estação de televisão local Halk TV e é mais um dos que continuam a ocorrer a conta-gotas entre os milhares de edifícios que ruíram na sequência dos terramotos e respetivas réplicas, com os especialistas a estimarem que estarão sob os escombros até 155.000 vítimas.
Quatro horas antes, uma mulher de 70 anos e outra de 26 anos tinham sido resgatadas com vida, após 178 horas de resistência. Ambos os casos ocorreram em Antáquia, capital da província de Hatay.
Mais a norte, na província de Adiyaman, uma menina de seis anos também foi salva hoje de manhã, após 176 horas nos escombros.
Segundo especialistas, as baixas temperaturas, que nestes dias estiveram próximas de zero graus, até mesmo na província de Hatay – a mais austral das afetadas pelo terremoto – podem favorecer a sobrevivência, porque retardam a desidratação.
A maioria dos resgates nos últimos dois dias, que a imprensa turca qualifica de “milagrosos”, ocorreu em Hatay, uma das áreas com maior nível de destruição por estar localizada em cima de uma falha geológica, apesar da distância do epicentro do sismo.
Segundo os dados hoje divulgados pela Organização Mundial de Saúde (OMS), os sismos que devastaram há uma semana o sul da Turquia e o noroeste da Síria causaram pelo menos 40.943 mortes — 31.643 mortos na Turquia e cerca de 9.300 na Síria.
Na Síria, país assolado por uma guerra civil desde 2011, indicou a OMS, cerca de 4.800 pessoas morreram nas áreas controladas pelo regime do Presidente Bashar al-Assad, enquanto nas áreas controladas pelos rebeldes foram contabilizadas cerca de 4.500 vítimas mortais.
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