“O Estado agressor russo, sob cuja ocupação temporária se encontra a infraestrutura crítica, está a aumentar a pressão sobre os cidadãos ucranianos que trabalham na central nuclear para os forçar a obter passaportes russos e a assinar contratos com a Rosatom”, disse o serviço de inteligência militar da Ucrânia, GUR.
Numa mensagem divulgada no canal Telegram, o GUR adiantou “várias centenas de funcionários ucranianos da central nuclear devem ter passaportes do Estado agressor e assinar contratos até 31 de dezembro de 2023”.
De acordo com os serviços secretos ucranianos, a Rússia está a usar pressão psicológica sobre os especialistas ucranianos para atingir este objetivo.
Também nega seletivamente aos trabalhadores ucranianos o acesso aos locais de trabalho e cancela os seus passes de segurança, acrescentou.
O GUR afirmou que quando os funcionários ucranianos se recusam a assinar contratos com a Rosatom e a obter passaportes russos, “os serviços especiais russos tentam semear a desconfiança entre eles, criando condições para queixas anónimas, em particular através de ‘bots’ do Telegram especialmente criados” para este fim.
Ao mesmo tempo, de acordo com os serviços de informação militar ucranianos, há uma insatisfação crescente entre os trabalhadores russos que chegam à central nuclear, porque em vez de tarefas de dois meses, têm de trabalhar em Energodar, a cidade onde a central está localizada, durante meio ano ou mais.
Zaporijia é a maior central da Europa e foi tomada pelas forças russas em março de 2022.
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