Segundo o jornal britânico The Guardian, este caso passou-se no dia 7 de outubro deste ano, durante uma performance do ciclo do “O Anel do Nibelungo” de Richard Wagner.
Sentado na segunda fila do auditório, Ulrich Engler passou para a primeira fila antes do início da sessão, procurando sentar-se num lugar vago ao lado do casal de Matthew Feargrieve e Catherine Chandler.
Engler terá então pedido a Chandler se se podia sentar nesse lugar, que estava apenas ocupado com um casaco, e esta respondeu que não. Em resposta, o designer de moda — cuja carteira de clientes inclui a condessa de Derby — perguntou-lhe se tinha comprado um lugar extra, colocou-lhe o casaco ao colo.
Perante esta reação, Feargrieve terá então desferido pelo menos um murro em Engler, segundo o seu depoimento dado ao tribunal de magistrados da City of London. Chandler terá então tentado acalmar o advogado e ambos saíram já a sessão estava a decorrer.
“Nunca vi ninguém olhar para mim com tanta raiva e terror”, disse o designer em tribunal, acrescentando que o advogado inclinou-se por cima de Chandler e começou a atingi-lo, causando-lhe lesões no lado esquerdo do corpo e stress pós-traumático.
“Enquanto o sr. Feargrieve me estava a atacar, disse ‘como se atreve a falar assim com a minha mulher”, continuou Engler, que se justificou que apenas perguntou se se podia sentar, se Chandler tinha pago pelo lugar e que lamentava o incómodo.
Da parte de Feargrieve, o advogado disse que apenas empurrou Engler, que o fez em autodefesa depois deste ter “atacado” Chandler e que como resultado desse empurrão ficou com o ombro deslocado.
Apesar de ter sido Engler a ser inicialmente detido por suspeitas de agressão — apesar de não ser acusado de nenhum crime — e de ter sido banido de voltar à Royal Opera House, as testemunhas no local deram razão ao designer de moda e o juiz também.
John Zani, magistrado responsável pelo caso, não aceitou a justificação de autodefesa de Feargrieve e condenou-o por agressão. “Eu não estava na Royal Opera House nesse dia em questão e por isso tenho de decidir com base nas provas que ouvi e li”, disse durante a sessão, considerando que “os acontecimentos ocorreram da forma como o sr. Engler contou”.
“Estou inteiramente convicto que a acusação desmantelou a defesa que apresentou”, disse o juiz a Feargrieve, concluindo que “este não foi o caso de que o murro de um homem é o empurrão de outro”.
A sentença deverá ser dada a Feargrieve no dia 22 de janeiro, se bem que Zani adiantou que o advogado não deverá sofrer pena de prisão.
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