“É uma enorme falta de respeito por quem vai tomar posse e, principalmente, pelos cidadãos que vão assistir. A uma casa mortuária vai-se, geralmente, por outros motivos”, referiu Sérgio Azevedo, eleito pelo PS.
Em declarações à Lusa, o autarca acrescentou que manifestou o seu desagrado pela escolha do local da tomada de posse e tentou reverter a decisão, mas sem sucesso.
“Disseram-me que ainda não houve lá qualquer velório e que, além disso, a casa também vai servir para a catequese e que, por isso, não entendem qual o mal de lá decorrer a tomada de posse", disse ainda.
Assim, a tomada de posse continua marcada para a casa mortuária de Silveiros, na noite de quinta-feira.
"Teremos mesmo de lá ir, não há outro remédio", acrescentou.
A marcação da tomada de posse é da responsabilidade da presidente cessante da Assembleia de Freguesia, Elisabete Rosmaninho Pereira, que a Lusa tentou ouvir, mas até ao momento sem sucesso.
A junta é atualmente liderada por Conceição Faria, eleita por um movimento independente, do qual também fez parte Sérgio Azevedo.
Nas autárquicas de 26 de setembro, Conceição Faria não se recandidatou e Sérgio Azevedo concorreu pelo PS, ganhando as eleições.
A casa mortuária de Silveiros foi a última obra da junta cessante, tendo, segundo Sérgio Azevedo, ficado pronta “na semana das eleições”.
“Não consigo entender por que razão se marcou a tomada de posse para a casa mortuária, que, segundo sei, ainda nem sequer mobiliário tem. Há na união de freguesias dois edifícios de junta, duas escolas e ainda a sede da Associação de Pais. Não havia mesmo necessidade desta escolha mórbida, que revela também uma enorme falta de bom senso”, apontou o autarca eleito.
Uma habitante ouvida pela Lusa considerou que a decisão "volta a colocar Barcelos no anedotário nacional".
"Para ser perfeito, só faltava mesmo que lá colocassem uma urna a sério para colocação dos votos para a assembleia de freguesia", ironizou.
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