“Na semana passada, a procura, sobretudo da urgência pediátrica, teve dias em que duplicou. Em média, neste serviço são atendidos, por dia, entre 60 e 70 doentes. Em alguns dias, da semana passada essa procura duplicou, predominantemente, por diagnósticos de gripe A, a maioria dos casos não foram considerados casos graves”, afirmou hoje o presidente do conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Alto Minho (ULSAM), Franklim Ramos.
Contactado pela agência Lusa, a propósito do um aumento da procura das urgências hospitalares nas últimas semanas, nos hospitais da região Norte, o responsável frisou que o hospital “respondeu adequadamente” a esse aumento de afluência, “sem que, até agora, tenha havido necessidade de reforço de equipas”.
“Quando as situações não implicam internamento, são mais fáceis de resolver. Complicam-se muito quando há um ‘boom’ de doentes em estado grave que requer muito esforço dos profissionais de saúde e implica a reafectação de mais camas e equipamentos. Esse cenário é que perturba o funcionamento de uma forma preocupante, mas não foi isso que acontece. É óbvio que o aumento de afluência exige mais dos profissionais”, adiantou.
Franklim Ramos acrescentou que, na quarta-feira e no dia de hoje, já “não se tem registou esse impacto”.
“Não tem sido uma situação constante. Este ano, estamos a sentir um impacto maior da gripe relativamente a 2021. Mas esses casos não têm sido graves, felizmente. É natural que as pessoas fiquem mais preocupadas, porque os sintomas da gripe são semelhantes aos causados pelo vírus SARS-CoV-2 e recorram mais aos serviços para tentarem resolver os seus problemas”, observou.
Segundo o presidente do conselho de administração da ULSAM, “a variante Ómicron, é dominante” no casos detetados, sendo que nos últimas semanas “têm aumentado o número de casos, mas sem repercussão nos internamentos”.
“Na manhã de hoje estavam 16 doentes internados na enfermaria destinadas a doentes com covid-19 e, um paciente, na Unidade de Cuidados Intensivos (UCI)”, especificou.
A ULSAM é constituída por dois hospitais: o de Santa Luzia, em Viana do Castelo, e o Conde de Bertiandos, em Ponte de Lima.
Integra ainda 12 centros de saúde, uma unidade de saúde pública e duas de convalescença, e serve uma população residente de 231.488 habitantes nos dez concelhos do distrito de Viana do Castelo e algumas populações vizinhas do distrito de Braga.
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