“O encontro vai realizar-se na Praça 7 de Março, frente à Junta de Freguesia de Alhandra. Vai ser realizado na vila de Alhandra porque o centro de saúde está sem qualquer médico de família há mais de um ano”, contou.
De acordo com Rute Gil, em Alhandra só existe médico para a saúde materna (grávidas e bebés até dois anos).
“O principal motivo deste encontro é que Alhandra e o Forte da Casa continuam sem médicos de família. Noutros sítios ainda vai havendo alguns, mas aqui não há um único médico, estando os utentes a ser desviados para os centros de saúde de Alverca, Póvoa de Santa Iria e Benavente”, indicou.
Rute Gil disse ainda que as comissões de utentes já tiveram reuniões com as direções dos centros de saúde e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, que disseram estar a tentar resolver o problema.
“Alguns utentes estão a realizar consultas através de videochamadas, que é extremamente difícil. Por exemplo, já tivemos médicos do Porto a dar consultas por videochamada e isto não pode ser. Estamos a falar de uma população maioritariamente idosa, ouvem mal, veem mal. Por outro lado, por videochamada não conseguem perceber o que a pessoa tem”, frisou.
Segundo Rute Gil, as pessoas têm problemas de mobilidade, têm de fazer deslocações e ainda esperam ao frio e à chuva, uma vez que muitos dos centros não têm espaço para tantos utentes.
Por isso, sob o mote “Estamos fartos de promessas, exigimos a saúde a que temos direito”, os utentes vão juntar-se frente à Junta de Freguesia de Alhandra, no concelho de Vila Franca de Xira, distrito de Lisboa, para exigir médicos de família e em defesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
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