Foram entregues nos centros de abate da rede Valorcar um total de 51.461 veículos em fim de vida, valor que representa um aumento de 14,3% em comparação com 2016, refere uma informação divulgada pela entidade.
A Valorcar realça que 2017 “fica também marcado pelo melhor resultado de sempre ao nível do reaproveitamento dos materiais” dos carros velhos.
Assim, 95,9% do que foi obtido da separação dos vários materiais que compõem os automóveis foram para valorização, ficando ligeiramente acima da meta prevista na legislação europeia.
Para reciclagem foram 87,2% do material, para uma meta de 85%, e o restante destinou-se a valorização energética.
A entidade gestora refere que, em 2017, se manteve a tendência de aumento da idade média dos veículos recebidos, que é agora de 21,4 anos, refletindo “o envelhecimento do parque automóvel nacional”.
Como nos anos anteriores, o Opel Corsa foi o modelo com mais unidades entregues para abate, atingindo cerca de 8,2% do volume total, seguido pelo Renault Clio e pelo Fiat Punto, acrescenta.
A Valorcar também recebe baterias e acumuladores usados nos seus centros e, no ano passado, recolheu 17.511 toneladas destes materiais, o que representou um crescimento de 4,6% relativamente a 2016.
Aquela quantidade de baterias, que representa uma taxa de recolha de 88,7%, foi enviada para reciclagem em cinco unidades industriais vocacionadas para esta atividade, duas localizadas em Portugal e três em Espanha, segundo a Valorcar.
As baterias automóveis têm em média um período de vida útil de quatro anos, transformando-se depois em resíduos considerados perigosos.
A Valorcar possui licenças do Estado português para gerir o Sistema Integrado de Gestão de Veículos em Fim de Vida (SIGVFV).
Na semana passada, a associação ambientalista Zero alertou para a existência de quase 50 mil veículos em fim de vida com destino desconhecido, um terço do total das matrículas canceladas, situação grave porque se trata de um resíduo perigoso.
“Temos uma situação em que existem muitas dúvidas sobre o destino de um terço dos 149.431 veículos, cuja matrícula foi cancelada em 2016″, refere um comunicado da Associação Sistema Terrestre Sustentável, Zero.
Vários componentes dos automóveis, como baterias ou óleos usados, são resíduos perigosos e devem ser reencaminhados para operadores autorizados a tratá-los.
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