A pergunta surgiu depois de Ventura ter questionado António Costa sobre as declarações do presidente da Câmara da Azambuja, Luís de Sousa (PS), que na segunda-feira não excluiu a possibilidade de pedir “uma espécie de cordão” sanitário para o bairro social Quinta da Mina.

Em declarações à agência Lusa, Luís de Sousa explicou tratar-se de uma situação que envolve nove famílias de etnia cigana, num total de 40 pessoas residentes num bairro construído ao abrigo do Plano Especial de Realojamento (PER).

“Eu não passo a concordar consigo quando passo a discordar dos meus autarcas e quando eles dizem as mesmas coisas que o senhor diz, eu discordo do mesmo”, respondeu Costa ao deputado único, no debate quinzenal de hoje.

Esta quarta-feira, a delegada de saúde local da Azambuja avançou que o bairro em causa tem seis casos de infeção pela covid-19, entre as nove pessoas já testadas, corrigindo a informação inicial de 40 infetados.

Corrigindo a informação anterior, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja, Luís de Sousa, esclareceu que, “no bairro e naquele prédio, moram 40 pessoas, mas infetadas são só nove”, número que também não corresponde com os dados da delegada de saúde local.

Quanto à possibilidade de se implementar um cordão sanitário, o presidente da Câmara Municipal de Azambuja disse que a medida está em ‘stand-by’, no âmbito das reuniões que tem mantido, nomeadamente com o diretor da Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, Luís Pisco.

André Ventura criticou ainda o atraso no pagamento do reembolso do IRS, alegando que “a única coisa que foi paga a tempo foram as subvenções de alguns políticos”.

“Tal como não acho que devemos discriminar os ciganos relativamente aos outros portugueses, também não acho que devemos discriminar os pagamentos de ninguém, todos têm direito a receber a tempo e horas”, ironizou o primeiro-ministro na resposta.

A terceira fase do plano de desconfinamento devido à pandemia de covid-19 arrancou na segunda feira, com o fim do "dever cívico de recolhimento" e a reabertura de centros comerciais, salas de espetáculos, cinemas, ginásios, piscinas e Lojas do Cidadão.

Na AML (Área Metropolitana de Lisboa), devido ao aumento do número de infetados, foi adiado o levantamento de algumas restrições previstas na terceira fase de desconfinamento e vão ser impostas regras especiais, sobretudo relacionadas com atividades que envolvem "grandes aglomerações de pessoas".

A AML integra 18 municípios, designadamente Alcochete, Almada, Amadora, Barreiro, Cascais, Lisboa, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal, Sesimbra, Setúbal, Sintra e Vila Franca de Xira.

Esta segunda-feira, fonte do gabinete do secretário de Estado Duarte Cordeiro, que está a coordenar a situação da pandemia da covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo, referiu que “Azambuja foi incluída na AML para efeitos de testes nas empresas de trabalho precário e no setor da construção civil”.

Portugal contabiliza pelo menos 1.447 mortos associados à covid-19 em 33.261 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS) divulgado hoje.

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