"O vereador Carlos Manuel Castro apresentou hoje, 16 de fevereiro, o seu pedido de renúncia ao cargo, pedido que foi de imediato aceite pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa", pode ler-se em comunicado divulgado pelo município.

Desta forma, de acordo com a autarquia, "serão remetidos às autoridades competentes todos os elementos apurados relativos à participação da Proteção Civil no processo de vacinação dos lares para avaliação externa e independente dos mesmos".

A Câmara Municipal de Lisboa informou ainda que o pelouro da Proteção Civil vai ser agora assumido pelo vereador Miguel Gaspar.

"O presidente da Câmara Municipal reitera a confiança no comandante do Regimento de Sapadores Bombeiros, no comandante da Polícia Municipal e na diretora municipal da Higiene Urbana, cuja vacinação decorreu por determinação de superior hierárquico e na convicção do cumprimento de todas as normas", rematam.

A demissão surgiu após a revista Sábado noticiar que o vereador teria sido indevidamente vacinado contra a covid-19, com sobras de vacinas dos lares da cidade.

No dia 9 de fevereiro, a Câmara de Lisboa fez saber que, na sequência da vacinação em lares e residências para idosos, sobraram 126 vacinas, uma média de 18 por dia.

Dando cumprimento às determinações das autoridades de saúde, indicou a autarquia, foram ministradas 26 doses das vacinas a elementos das equipas envolvidas diretamente da operação de inoculação nos lares, designadamente 15 enfermeiros e oito elementos da Proteção Civil municipal presentes no local da vacinação, entre os quais o vereador com a pasta respetiva, e também três elementos da Higiene Urbana, entre os quais a sua diretora, envolvidos no processo de recolha das seringas utilizadas na vacinação.

As restantes 100 sobras "foram ministradas a profissionais dos grupos constantes na primeira fase de prioridade definida" pela Direção-Geral da Saúde.