“Apelamos ao Poder Judicial e ao nosso valente procurador-geral que solicite a captura internacional desta prófuga, para que responda pelas atrozes mortes que provocou pela sua atuação cúmplice, junto com a direita venezuelana, no falido golpe (de Estado) do ano passado”, disse.
O pedido foi feito durante uma sessão da Assembleia Constituinte (AC), composta unicamente por simpatizantes do regime, em que apresentou um relatório sobre a gestão do executivo durante o ano de 2017.
Por outro lado, denunciou uma vez mais que os Governos estrangeiros pretendem provocar o caos no sistema económico venezuelano, através de bloqueios comerciais e sanções ilegais contra a Venezuela.
O pedido de detenção da ex-procuradora geral tem lugar no mesmo dia em que Luísa Ortega foi ao Tribunal Penal Internacional apresentar novas provas da denúncia que fez em 2017 contra o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, pela alegada violação de direitos humanos no país.
O Governo venezuelano, por outro lado, acusa a ex-procuradora-geral de, durante a sua gestão, estar envolvida em atos de corrupção e de ter apoiado a oposição nos protestos de 2017, durante os quais mais de 120 pessoas foram assassinadas, várias delas pelas forças de segurança.
Luísa Ortega Díaz, procuradora-geral da Venezuela entre 13 de dezembro de 2007 e 05 de agosto de 2017, foi destituída pela Assembleia Constituinte depois de questionar duas sentenças do Supremo Tribunal de Justiça que limitavam os poderes do parlamento.
Segundo a ex-procuradora, as sentenças produziram “uma rutura da ordem constitucional”.
No passado dia 13 de março Luísa Ortega Díaz denunciou que mais de 500 pessoas foram executadas, na Venezuela, em rusgas do programa governamental Operações de Libertação do Povo (OLP).
“As OLP são uma operação de segurança cidadã implementada pelo Governo em 2015. Atacam a população sob a política do extermínio. Mais de 500 pessoas foram executadas nas OLP. A polícia, além de executar os cidadãos, semeava provas”, disse.
A denúncia teve lugar em Genebra, na Suíça, durante o fórum “Venezuela: Terror from the left” (Venezuela: Terror da esquerda).
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