Quando em 2012 o Tribunal da Relação confirmou a condenação de Paco Bandeira a três anos e quatro meses de prisão, com pena suspensa, por violência doméstica contra a ex-mulher Maria Roseta Ferreira, a vida e carreira do cantor português, autor de êxitos como “A Ternura dos 40”, passou por um vendaval.
Seis anos depois do acórdão, as editoras devolveram-lhe os discos, os espetáculos que tinha em Portugal e no estrangeiro foram cancelados, as televisões fecharam-lhe as portas. Hoje dá pequenos espetáculos de beneficência, em associações e lares de idosos.
O próximo episódio de “Vidas Suspensas”, programa de reportagens da SIC, assinado por Sofia Pinto Coelho, que voltou aos ecrãs em outubro com uma reportagem sobre a cantora Maria Leal, acusada de ter vendido ao desbarato a fortuna herdada pelo marido, conta a história de Paco Bandeira que, hoje em dia, sem editoras interessadas nos seus discos e sem contratos para realizar concerto depois da condenação, vive a desfazer-se do património para fazer face às despesas mensais.
No vídeo de apresentação do novo episódio, Paco Bandeira e Sofia Pinto Coelho recorrem à luz da lanterna de um telemóvel para não tropeçarem nos móveis que restam dos estúdios de gravações que o cantor se prepara para pôr à venda, em Massamá, perto de Sintra, onde a eletricidade foi cortada por falta de pagamento.
“Fiz novelas, fiz música para filmes, eu fiz canções para colegas. Toda a gente cantou coisas minhas e cantam coisas minhas. De um momento para o outro, passei a ser... E isto, é triste, sabendo, eu que sou a vítima, passei de vítima a vilão, nos olhos das pessoas”, confessa Paco Bandeira.
O caso de Paco Bandeira será transmitido na SIC no próximo dia 27 de novembro, depois do Jornal da Noite.
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