Segundo a agência France-Presse, o chefe de Estado chinês apareceu com o rosto coberto por uma máscara protetora e deixou as autoridades chinesas medirem a temperatura do antebraço com um termómetro eletrónico - uma prática que tem sido corrente em todo o país desde o início do surto -, enquanto conversava com vários moradores.

"A epidemia em Hubei e em Wuhan continua muito grave", reconheceu Xi Jinping, apelando às autoridades sanitárias a aplicação de "ações mais fortes e decisivas para conter definitivamente a onda de contágio"

As autoridades chinesas elevaram hoje para 908 mortos e mais de 40 mil infetados o balanço do surto de pneumonia na China continental causado pelo novo coronavírus (2019-nCoV) detetado em dezembro, em Wuhan, capital da província de Hubei (centro).

No domingo, segundo dados divulgados pela Comissão Nacional de Saúde da China, foram registadas no território continental chinês 97 mortes e detetados mais de 3.000 novos casos de infeção.

O número total de mortes ascende a 910, contabilizando as duas registadas fora da China continental, uma nas Filipinas e outra em Hong Kong.

O balanço ultrapassa o da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 350 casos de contágio confirmados em 25 países. Na Europa, o número chegou hoje a 43, com quatro novas infeções detetadas no Reino Unido.

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.