Segundo as contas da Associação Sistema Terrestre Sustentável – Zero, este ano existem 601 zonas balneares, das quais 480 são costeiras ou de transição e 121 interiores.
“Com base no seu historial e de acordo com a legislação, incluindo as análises até ao final da época balnear de 2016, houve uma melhoria entre 2016 e 2017, com mais 14 praias de qualidade excelente”, das quais três costeiras e 11 interiores, refere uma informação hoje divulgada.
Portugal tem 24 novas zonas balneares, 10 das quais interiores, o que a associação liderada por Francisco Ferreira considera “particularmente significativo”.
Seis daquelas são nos Açores (na ilha do Pico, no concelho de Madalena do Pico), outras seis na região centro (águas balneares interiores), cinco na Madeira e duas no Alentejo, na Albufeira de Alqueva.
Na análise das zonas balneares classificadas de acordo com a legislação, a Zero concluiu que “Portugal tem 493 zonas balneares excelentes, 56 boas e 13 aceitáveis”, estando as restantes ainda não classificadas.
Com base na avaliação das últimas três ou quatro épocas balneares, foram encontradas quatro praias com classificação má, mais uma que no ano anterior, ou seja, com situação de incumprimento do objetivo da diretiva comunitária.
“Trata-se de duas zonas balneares no Funchal (Gorgulho e Poças do Gomes — Doca do Cavacas), uma na Figueira da Foz (Praia do Forte) e uma em Ílhavo (Jardim de Oudinot)”, lista a Zero que considera fundamental avançar medidas que resolvam rapidamente os problemas de contaminação que afetam estas águas balneares.
Apesar do número de zonas balneares “boas e aceitáveis se manter praticamente constante e do aumento de praias excelentes”, a associação refere que continua a existir “alguma vulnerabilidade à poluição”, nomeadamente nas “falhas no saneamento básico e nos problemas de gestão da bacia hidrográfica”, na origem de análises com elevados índices de poluição.
Para os ambientalistas, uma das áreas com grande potencial é o Estuário do Tejo, “onde os enormes investimentos em tratamento de águas residuais urbanas não se traduziu ainda numa melhoria suficiente que permita uma utilização balnear de diversas praias”.
A Ponta dos Corvos, no concelho de Seixal, “deixou de ser considerada zona balnear o ano passado e não voltou a ser classificada”, lembra a associação.
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