“Sabemos que há muita vontade das equipas de que Portugal seja escolhido para o calendário e nós temos feito tudo o é necessário”, observou Paulo Pinheiro, no dia em que os organizadores do campeonato anunciaram o cancelamento das corridas no Azerbaijão, Singapura e Japão, devido à pandemia de covid-19.
Depois de o diretor desportivo da F1, o britânico Ross Brawn, ter admitido na quinta-feira que Portugal está a ser equacionado como alternativa para o calendário revisto do Mundial de 2020, o responsável pelo autódromo de Portimão revela que são muitos os atores do campeonato a desejar que a decisão seja positiva.
Ross Brawn admitiu a possibilidade de circuitos como o de Imola (Itália), Portimão (Portugal) e Hockenheim (Alemanha) poderem vir a acolher provas do Mundial ainda este ano, prometendo decisão definitiva antes do final de julho.
No entender de Paulo Pinheiro, uma corrida em território nacional poderá acontecer “em setembro, outubro ou novembro”, mas o que “fará a diferença é a possibilidade, ou não, de haver público nas bancadas”.
“Somos a hipótese que todos querem, pela localização, pela pista, pelas instalações grandes que permitem maior distância de segurança, pelo clima, pela hotelaria e pelo reduzido impacto da covid-19″, disse Paulo Pinheiro.
O início da competição estava previsto para 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à pandemia de covid-19.
Ao todo, já foram canceladas ou adiadas 13 das 22 corridas da temporada, mas os responsáveis do campeonato esperam ter um calendário com 15 a 18 corridas até ao fim deste ano.
A sucessão de cancelamentos pode levar a que a segunda metade da temporada do Mundial de Fórmula 1 venha a realizar-se em circuitos que não integravam o calendário inicial de 2020, como o Autódromo Internacional do Algarve.
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 421 mil mortos e infetou mais de 7,5 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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