Em entrevista à BTV, Tiago Pinto referiu que o regresso do futebol, parado desde 12 de março, será “feito de forma diferente” à habitual, inclusive com “jogos à porta fechada” e com as equipas a retomarem o trabalho “com muitas limitações e com treinos individuais”.

“Neste momento, o foco é conseguirmos treinar em maio, com algumas limitações, e voltarmos a competir em junho. São as indicações que temos da Liga [de clubes]. Depois, teremos até final de julho e início de agosto para concluir as competições”, afirmou.

O dirigente salientou a vontade do Benfica em “voltar a competir e concluir as 10 jornadas que faltam da I Liga e a final da Taça”, mas apenas num contexto de “segurança para todos” e “sempre numa situação altamente protegida e controlada, em que os testes serão uma prática constante e o isolamento das equipas, em contexto de estágio, será uma obrigatoriedade”.

“O futebol quer muito voltar a jogar, mas não voltará a jogar se isso não for bom para o futebol e para a sociedade. Não é tempo para pensarmos em futebol, mas sim na saúde. Quem vai ditar a velocidade a que o futebol vai regressar são as entidades da saúde e as altas instâncias governamentais”, vincou Tiago Pinto, que disse desconhecer um eventual plano para isolar as equipas no Algarve para concluir a competição.

A maioria dos campeonatos europeus, à exceção da Bielorrússia, encontram-se suspensos há um mês, devido à crise mundial de saúde pública provocada pelo novo coronavírus, sendo que, neste período, tanto a “Federação Portuguesa de Futebol, como a Liga têm potenciado muito a união e coesão entre os clubes”, observou Tiago Pinto.

Quanto ao hipotético cenário de a presente edição da I Liga não ser concluída, o dirigente foi perentório: “Os campeões encontram-se dentro de campo, nos jogos. Para haver campeão, terá de haver jogos e é nisso que estamos focados. Se, por infortúnio, outros cenários se colocarem, cá estaremos para os avaliar.”

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 103 mil mortos e infetou mais de 1,7 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, mais de 341 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, que está em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, registaram-se 470 mortos e 15.987 casos de infeção confirmados, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde.

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