“Com todos os meios de segurança empenhados na etapa e devido à deterioração das condições meteorológicas – ventos fortes -, a direção de corrida decidiu interromper a especial ao quilómetro 345 [dos 534 previstos], encaminhando os concorrentes daí diretamente para o acampamento”, anunciou a organização, a cargo da Amaury Sport Organization (ASO).
Até esse ponto, o espanhol Carlos Sainz (Mini) praticamente deitou a mão à vitória nos automóveis, aproveitando o facto de os principais rivais terem de abrir a pista e, com isso, enfrentarem maiores dificuldades de navegação.
O espanhol gastou 3:03.43 horas para completar os 345 quilómetros disputados e deixou o polaco Jacob Przygonski (Mini), segundo, a 3.05 minutos. O sul-africano Giniel de Villiers (Toyota) foi terceiro, a 4.26 minutos.
Sainz, que partiu para esta etapa com apenas 24 segundos de vantagem sobre o catari Nasser Al-Attiyah, aproveitou os problemas de navegação do piloto da Toyota para alargar a vantagem na geral para 18.10 minutos.
Já o francês Stéphane Peterhansel (Mini), navegado pelo português Paulo Fiúza, foi apenas décimo classificado e está, agora, a 18.26 de Sainz, mas a apenas 16 segundos do segundo lugar.
O espanhol e ex-campeão mundial de Fórmula 1 Fernando Alonso capotou a sua Toyota numa duna, perdendo o para-brisas e danificando as rodas. Perdeu mais de uma hora.
Nas motas, o espanhol Joan Barreda (Honda) venceu a etapa, com o tempo de 2:11.42 horas, com o norte-americano Ricky Brabec (Honda) em segundo lugar, a 1.07 minutos e o argentino Kevin Benavides (Honda) em terceiro, a 2.31.
António Maio (Yamaha), em 17.º, foi o melhor português. Mário Patrão (KTM) foi 34.º e Fausto Mota (Husqvarna) 40.º.
Com estes resultados, Brabec aumentou a vantagem na frente e tem, agora, 25.44 minutos sobre o chileno Pablo Quintanilla (Husqvarna), que perdeu cinco minutos, e 27.09 sobre Barreda, que recuperou o terceiro lugar ao melhor homem da KTM, o australiano Toby Price, que baixou para quarto, a 28.33.
O 27.º lugar de Maio na geral é o melhor de um representante nacional, seguido de Fausto Mota em 31.º e Mário Patrão em 33.º.
Após 18 anos de domínio KTM, a equipa liderada pelo português Ruben Faria, com o auxílio de Hélder Rodrigues, está perto de fazer história, quando faltam duas etapas para o final da prova, que não vence há 31 anos.
Esta quinta-feira disputa-se a 11.ª tirada, entre Shubaytah e Haradh, com 744 quilómetros, 379 deles ao cronómetro.
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