Com mote ‘Pelo Vitória, por Setúbal’, a concentração serviu para protestar contra o impedimento do clube em inscrever-se nas competições profissionais, depois de a Comissão de Auditoria da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) ter reprovado o seu processo de licenciamento.

A manifestação tinha sido agendada no sábado, dia em que cerca de 200 adeptos já se tinham reunido com o mesmo intuito, poucas horas depois de terem lançado o repto na rede social Facebook.

Inconformados com a decisão da LPFP, vitorianos e setubalenses compareceram vestidos a rigor, com camisolas, cachecóis e bandeiras junto da estátua de Bocage, que tem na sua base dezenas de cachecóis que os adeptos têm aí depositado desde o fim de semana.

Durante a concentração, que decorreu sempre de forma ordeira, sob o olhar atento de alguns elementos das forças policiais, os vitorianos gritaram pelo Vitória, cantaram a marcha do clube e entoaram cânticos semelhantes aos que fazem nos dias dos jogos.

Entre as cerca de duas mil pessoas que passaram pela principal praça setubalense esteve José Soares, de 53 anos, que não escondeu satisfação pela moldura humana que compareceu em nome do Vitória.

“É bonito ver que os setubalenses compareceram para apoiar o seu clube num momento difícil. É numa situação como esta que se vêm os verdadeiros adeptos. Os senhores que tomam as decisões têm de ouvir a nossa voz e perceber que não podem nos seus escritórios tirar-nos uma coisa que conseguimos dentro do campo”, vincou.

Além do Vitória de Setúbal, a LPFP excluiu também das provas profissionais o Desportivo das Aves, que tinha sido despromovido à II Liga, depois de ter terminado na 18.ª e última posição, enquanto os setubalenses tinham assegurado a permanência, ao terminarem no 16.º lugar.

A Liga de clubes convidou o Portimonense, que tinha sido 17.º posicionado e despromovido, a manter-se na I Liga e o Cova da Piedade e o Casa Pia a manterem-se na II Liga, depois de terem sido despromovidos administrativamente, com o cancelamento do segundo escalão, devido à pandemia de covid-19.

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