No passado domingo, dia 4 de fevereiro, a bancada norte do estádio António Coimbra da Mota, casa do Estoril-Praia, foi reaberta ao público para o jogo de receção ao Sporting CP, a contar para a 21.ª jornada do campeonato. A decisão, tomada pela Liga Portuguesa de Futebol Profissional, foi comunicada dois dias antes da data da receção aos leões, após uma vistoria no local realizada no dia 31 de janeiro pela própria Liga, como confirmou o SAPO24 junto do clube. “Em função do relatório favorável dado pelo Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC)”, lê-se no comunicado, a “Liga Portugal entende que estão reunidos os requisitos mínimos exigidos, em termos de sanitários, bares e acessos, pelo que ratifica a decisão e parecer do LNEC que deu indicações para a reabertura da bancada do Topo Norte”.
Sobre a segurança da dita bancada, só deverão existir novos desenvolvimentos após a demolição da laje térrea da bancada norte, ou seja, do pavimento assente diretamente sobre o terreno, e nova inspeção do LNEC.
Com isto fecha-se um capítulo acerca de eventuais questões de segurança primária no estádio da Amoreira, mas uma investigação do SAPO24 mostra, no entanto, que a morfologia dos terrenos em que assenta o estádio — construído sobre uma ribeira e em terrenos que constituem leito de cheia, designação dada à zona que é inundada quando o caudal do rio atinge valores menos vulgares; o que não quer dizer que não possa acontecer todos os anos — causou apreensão no passado recente. Antes do incidente registado em 15 de janeiro de 2018, durante o jogo entre os canarinhos e o FC Porto, já havia registo de outros incidentes. Um deles aconteceu em março de 2011, quando parte de uma das bancadas colapsou, abrindo um buraco com cinco metros de profundidade a escassos 50 metros do local agora visado.
30.03.2011 - A cratera no topo norte da bancada nascente
Durante a noite do dia 30 de março de 2011, parte do topo norte da bancada nascente do estádio da Amoreira colapsou tendo ficado à vista desarmada um buraco de cinco metros de profundidade. Do incidente só houve a registar danos materiais, devido ao facto de não se encontrar ninguém nas instalações.
No dia seguinte ao incidente, o Estoril, à época a disputar a Liga Orangina, antigo nome dado à segunda divisão de futebol profissional, recebia o Trofense num encontro que seria televisionado pela Sport TV. Antes do encontro começar, a bancada foi totalmente interditada e o clube da casa colocou uma lona azul sobre o local que impedia aos mais curiosos percepcionar o dano, quer presencialmente, quer através das imagens televisivas.
Uma pequena "obra cosmética" para as televisões não mostrarem o lado negativo
A 4 de abril, o assunto é tema numa reunião da Câmara Municipal de Cascais pelo vereador das Relações Internacionais e Assuntos Jurídicos, Alexandre Faria, atual presidente da Estoril SAD.
Segundo a ata da reunião camarária, na sua intervenção, Alexandre Faria evidenciou que perante o jogo televisionado contra “o primeiro classificado da Liga Orangina”, se “não se tivesse, de algum modo, preparado ali alguma obra de pequena cosmética, certamente que as televisões não deixariam de mostrar o lado negativo, não realçando o grande esforço que foi feito, quer pelos técnicos municipais, quer pelos Senhores Vereadores”.
Ainda sobre o incidente, o então vereador da Câmara salientou o facto de deste incidente não terem resultado “vítimas a lamentar”, e elogiou o “facto positivo” que foi “a rápida intervenção e a disponibilidade imediata quer do Sr. Vereador João Sande e Castro, quer do Sr. Vereador Pedro Lopes Mendonça na resolução desta situação que, com Serviços do Desporto e da Proteção Civil, em coordenação com o Departamento de Obras Municipais, permitiu impedir que algo de grave acontecesse”.
A Liga não se dispôs a facultar ao SAPO24 qualquer documento da Comissão Técnica de Vistorias da LPFP, gabinete responsável pelo controlo dos recintos desportivos dos clubes que disputam competições tuteladas pela Liga, sobre o caso.
Para João Sande e Castro, vereador do Desporto entre 2002 e 2013 da Câmara de Cascais, e por isso presente nessa mesma reunião, a “operação de cosmética”, a lona azul sobre o buraco e a falta de notícias sobre o tema, não se tratou de uma tentativa de encobrir o acontecimento. “O incidente dessa vez foi durante a noite, portanto, quando não havia ninguém no estádio, quando não estava nenhum jogo a decorrer. Houve a noção de que com gente na bancada a situação poderia ter sido bastante mais séria e por isso só se voltou a abrir o local depois de ter sido feito uma sondagem a toda a bancada. Foi quase um ano depois. Não foi tanto uma questão de encobrir, mas de facto caiu a bancada, houve ali um buraco, ali dentro do estádio do Estoril, não estava lá ninguém na altura, mas foi uma coisa...”, explicou o antigo vereador.
A bancada onde ocorreu este incidente é uma das mais antigas do António Coimbra da Mota — inaugurado em 1939 e cedido ao Estoril-Praia por 70 anos a contar de 1981 —, um estádio que sempre gerou alguma apreensão por ter sido edificado sobre a ribeira da Amoreira e em terrenos de leito de cheia.
No “Estudo das Condições de Segurança Estrutural da Bancada Nascente do Estádio António Coimbra da Mota Moreira” pedido pelo município de Cascais à EngiTarget, em julho de 2011, a situação foi descrita como o “colapso parcial da Bancada Nascente no topo Norte, na zona atravessada inferiormente pelo caneiro da Ribeira da Amoreira”.
Ao SAPO24 o engenheiro civil Tiago Braga Abecassis, especialista em estruturas e professor catedrático convidado na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra, explica que construir um edifício sobre um terreno deste tipo tem duas implicações. A primeira é que o edifício pode ser inundado - “e todos nós vimos, antigamente, quando havia as cheias do Tejo e do Douro, que havia sempre uns edifícios nas margens que ficavam inundados”. Por outro lado, “em termos de estrutura, há que ter cuidados, especialmente nas fundações, aquilo que sustenta a estrutura. Têm de ser pensadas para isso”.
De 2011 a 2018 são 50 metros de distância
O local onde aconteceu o abatimento da bancada em 2011 fica “canto com canto” com a nova bancada, a bancada norte, onde ocorreu o mais recente incidente durante o jogo entre Estoril e FC Porto, no dia 15 de janeiro deste ano. O encontro teve de ser interrompido ao intervalo, quando o marcador estava 1-0 a favor dos estorilistas, devido a problemas de segurança na bancada norte, que motivaram a sua evacuação e obrigaram centenas de adeptos dos ‘azuis e brancos’ a descer para o relvado.
A evacuação, que nos primeiros momentos chegou até a ser confundida com uma invasão de campo por alguns meios de comunicação social, teve lugar após relatos de adeptos portistas que afirmavam ter ouvido um estrondo e que diziam ter sentido a estrutura a abanar. A Liga declarou então a interdição da bancada, com a segunda parte do encontro a ser agendada para o próximo dia 21 de fevereiro. O site oficial do FC Porto revelou, posteriormente, imagens das fissuras na zona da bancada.
“O sítio é pertíssimo, ambas as bancadas são canto com canto, serão se calhar uns 10 metros. Mas o sítio do incidente mais recente será no máximo a uns 50 metros [de distância do de 2011]”, explica Sande e Castro ao SAPO24.
O incidente de 2011 não terá sido necessariamente um indicador de que problemas futuros poderiam ocorrer naquela zona, diz Sande e Castro, fundamentalmente “porque na altura esta bancada [norte] não estava lá. Agora que era um indicador de que se deviam tomar precauções acrescidas quando fosse construída alguma coisa nessa zona, eu creio que isso é óbvio”.
O antigo vereador relembra ainda que este não foi o único indicador de que deviam ser tomadas mais preocupações. “Os campos de treino a norte [do estádio] têm ciclicamente problemas, todos os quatro/cinco anos. Foram arranjados no ano passado, mas já tinham sido há mais tempo. E durante os 12 anos em que estive na vereação, por três vezes foi necessário intervir nos campos para rever os abatimentos”, revela.
Na altura em que exercia funções, Sande e Castro conta que a explicação técnica que lhe foi dada na altura foi de que “quando se encana uma ribeira", ou seja, quando colocamos a ribeira existente a passar através de um cano, "continuam a existir contributos ao longo do percurso e esses contributos que vão chegando, ao não poderem entrar, acabam por fazer uma segunda linha de água, paralela, ao cano de água que lá está. E essa segunda linha de água acaba por ser um problema um bocado errático. E daí o canalizar a ribeira não resolver os problemas dos terrenos para se poder construir lá em cima”.
“Mais tarde ou mais cedo vão ter de se intervir neles outra vez porque não está ali uma solução de construção sustentável, nem justificaria porque seria uma obra extremamente cara”, sublinha o antigo vereador.
Para o engenheiro Tiago Abecassis, há duas questões tão distintas como similares. Primeiro, a questão das bancadas que foram construídas nos anos 40. “Em 1940 poderão não ter havido os cuidados que há hoje na construção”, diz. “Já a bancada construída em 2014 [e que agora deu problemas] custa-me a crer que não se tenha acautelado tudo o que se deveria ter acautelado”.
Farcimar não sabia do caso de 2011
Ao SAPO24, fonte da Farcimar, empresa responsável pela construção da bancada norte em 2014, disse que “até há três semanas, desconhecia que tinha acontecido alguma coisa naquela bancada central [a bancada nascente]”.
A ligação entre a Farcimar – Soluções em Pré-Fabricados de Betão S.A. e o estádio António Coimbra da Mota começou aquando da construção da bancada nascente, tendo depois se prolongado com a construção da bancada norte, que causou problemas no dia 15 de janeiro deste ano.
Todavia, a reparação da bancada em 2011 foi feita pela Estoril Monte, da qual João Almeida Rodrigues, atual vogal da direção do Estoril-Praia, com a pasta do Património e Obras, é Diretor Técnico.
Mesmo aquando da construção, em 2014, da bancada norte, a Farcimar não terá sido informada acerca do incidente no topo norte da bancada nascente, salientando a empresa, no entanto, que esse facto é indiferente por se tratar de um local completamente distinto. “Só precisamos de ter informação do terreno onde vamos fundar a obra. Não é preciso saber o que se passa lá ao lado. Diz-me que não é longe, realmente não, mas não tem influência nenhuma”, assegura fonte da empresa, que garante que no local onde foi construída a mais recente bancada foram feitas sondagens e um estudo geotécnico.
“As obras são desfasadas no tempo, uma é num terreno e outra é noutro. Eu posso fazer uma sondagem num determinado local e o material ser aí muito fraco até 10 metros [de profundidade] e se calhar faço outro 3 metros ao lado e a 1 metro ou 2 de profundidade já encontramos rocha. Agora, essa bancada [onde ocorreu o incidente em 2011] não tem nada que ver com a bancada que nós construímos lá e até o sistema construtivo de uma e de outra não têm nada a ver. Essa bancada lateral é muito antiga, assente sobre o próprio terreno. A nossa é uma bancada moderna, construída com uma estrutura pré-fabricada, elevada sobre o terreno, fundada a uma cota muito profunda. Ou seja, não tem nada, nada a ver uma com a outra”, garante a Farcimar.
De acordo com a mesma fonte, o problema que a empresa detetou no terreno onde foi construída a bancada norte, em 2014, foi “que numa faixa de alguns metros havia materiais com capacidade resistente reduzidas. E a partir de uma determinada cota já tinham resistências aceitáveis”. Segundo a Farcimar o problema terá sido contornado recorrendo a “todas as regras de boa execução e de bom dimensionamento e cálculo, e pronto, teve aquele incidente na parte inferior na bancada, no pavimento interior, nada na estrutura como o LNEC veio a comprovar e emitir parecer”.
Não foi enviado ao LNEC nenhum documento relacionado com o incidente de 2011
De acordo com o “Parecer preliminar sobre a segurança estrutural da Bancada Norte do Estádio António Coimbra da Mota”, de 19 de janeiro de 2018, emitido pelo LNEC, na secção em que são descriminados os documentos fornecidos pela Câmara Municipal de Cascais ao Laboratório, é possível detetar que nenhum diz respeito ao incidente de 2011.
No total foram fornecidos quatro documentos: um estudo geológico-geotécnico datado de 2014 e da autoria da Geocontrole, um documento da Farcimar de 2014 intitulado “Grupo Desportivo Estoril Praia. Bancada. Memória descritiva e justificativa”, o relatório datado de 25 de janeiro de 2018 da Liga Portuguesa de Futebol relativamente à ocorrência de 15 de janeiro no jogo frente ao FC Porto e, por último, um documento da Axial Topografia datado de 2018 com os resultados da monitorização de movimentos da bancada norte obtidos nas seguintes datas: 22/09/2014; 26/11/2014; 06/09/2017 e 16/01/2018.
No entanto, no dia 26 de janeiro de 2018, o LNEC emitiu um novo parecer, intitulado “Complemento ao Parecer Preliminar de 2018.01.19” no qual, sem que haja nenhum novo documento fornecido pela Câmara de Cascais, o Laboratório Nacional de Engenharia afirma ter tomado conhecimento de “assentamentos significativos no arruamento e tardoz da Bancada Nascente” onde sabe que foi “relatado um incidente” e sublinha que “será necessário avaliar, de forma inequívoca, as suas causas”.
“A informação nestes casos manda-se em excesso e nunca por baixo. Não faz qualquer sentido”, diz Sande e Castro ao SAPO24 quando confrontado com o caso. Aliás, o antigo vereador do Desporto da Câmara de Cascais diz não perceber o porquê de os documentos não terem sido enviados. “Foram feitas sondagens nos terrenos em volta justamente para verificar se esta bancada [onde ocorreu o incidente de 2011] estava em totais condições de segurança o que na altura se conseguiu confirmar. Portanto a Câmara devia, claro, ter enviado os documentos ao LNEC com esses estudos que foram feitos na altura. Devia ter enviado toda a informação que tem, não faz sentido que seja de outra maneira”, sublinha.
O que aconteceu em 2018 "terá sido um fenómeno semelhante" ao de 2011
Na análise feita sobre o incidente mais recente, o engenheiro Tiago Abecassis é imperativo ao afirmar que o verdadeiro problema só vai ser detetado após a demolição do pavimento térreo da bancada norte, como é recomendado pelo LNEC.
O engenheiro afirma ao SAPO24 que o que é certo, de acordo com o parecer do LNEC, é que “houve cedências” no pavimento que está assente diretamente no solo”. “O LNEC diz isso perfeitamente. Houve eventualmente alguma lavagem do solo por baixo e o pavimento ficou no ar. Debaixo da laje térrea há um vazio e aí de certeza que a construção não foi bem feita. Aliás, até o próprio LNEC diz no relatório que se deve demolir para se perceber o que há lá por baixo. Depois dessa demolição, o LNEC propõe-se a fazer outra observação para perceber o que se passa com as fundações dos pilares que são as estacas de brita”.
É esta observação que leva Tiago Abecassis a adotar uma atitude idêntica à emitida no complemento do parecer feito pelo LNEC, não desassociando inteiramente o abatimento de 2011 e o caso de 2108: “os problemas podem ter a mesma origem. Assim como agora estes terrenos por baixo da laje térrea cederam, desapareceram, foram, provavelmente, levados para outro lado qualquer, por escoamentos subterrâneos das águas. Terá sido isso que aconteceu em 2011. Terá sido um fenómeno semelhante”, sublinha.
“Se eu ainda estivesse na vereação aquela bancada não tinha sido construída”
“Se eu ainda estivesse na vereação aquela bancada não tinha sido construída”, confessa Sande e Castro ao SAPO24. O antigo vereador diz que há três razões pelas quais nunca teria construído a bancada naquele local: razões políticas, técnicas e jurídicas. “Por razões políticas porque as nossas prioridades eram outras, no meu tempo e do dr. António Capucho [antigo presidente da Câmara Municipal de Cascais] as prioridades de investimento na área de desporto eram o equipamento desportivo de formação e aberto a toda a gente e não a construção de bancadas; por razões técnicas pela questão de engenharia associada ao próprio terreno e à necessidade do custo de uma obra para ser sustentável num terreno instável implica um custo muito acrescido; e por questões jurídicas porque estamos numa zona reservada de reserva agrícola nacional que não permite a construção de equipamentos deste tipo".
A questão de aquela bancada ter sido construída numa zona da Rede Agrícola Nacional (RAN) foi uma das questões inicialmente levantadas aquando do incidente no jogo entre Estoril e FC Porto na Amoreira. Na altura, a Câmara de Cascais emitiu um comunicado em que procurou esclarecer a situação afirmando que “o alargamento do Estádio António Coimbra da Mota é uma obra que não carece de licenciamento, uma vez que se trata de um equipamento municipal” e que “a RAN não exclui a construção de equipamentos, quadro legal em que se integra um Estádio Municipal (equipamento desportivo), instalado naqueles terrenos há mais de 70 anos”.
O município sublinhou ainda que “a obra foi vistoriada pelas entidades nacionais e internacionais competentes, atendendo a que a nova bancada veio cumprir um requisito da UEFA. Mais, as instalações do Estádio são vistoriadas pela Liga Portuguesa de Futebol e demais entidades no arranque de cada época”.
“Alexandre Faria está a tentar ‘safar’ a Câmara”
“O presidente Alexandre Faria está a tentar minorar o caso, como seria natural, como presidente do clube, e está a tentar safar a Câmara, o que já não é tão natural. Tentar que o clube não assuma a responsabilidade, até pela questão dos três pontos no campeonato, isso nós percebemos. A questão de aligeirar as responsabilidades que a Câmara tem nesta matéria é que é uma questão que já não entendemos”, sublinha o antigo vereador do Desporto.
João Sande e Castro vai mais além e afirma mesmo que foi a Câmara “que instigou e promoveu a construção da bancada e que levou a crer ao clube que seria possível e razoável construir ali uma bancada deste tamanho. Os clubes não têm a capacidade técnica que têm as empresas de construção, então é natural que a Câmara acompanhe de perto as obras todas e que vá dando indicações do que é que é melhor fazer. Se a Câmara em vez de ter facilitado o processo tivesse alertado para a necessidade e para as exigências que são obrigatórias para uma construção em reserva agrícola, este assunto nunca teria surgido e não estávamos a falar disto e a correr o risco de ter de fazer uma grande intervenção da bancada para a tornar utilizável".
Confrontada com o caso a direção da Estoril Praia Futebol SAD disse não estar disponível responder a qualquer pergunta ou fazer um comentário.
Já a Câmara Municipal de Cascais recusou igualmente pronunciar-se acerca do conteúdo desta reportagem, remetendo todas as questões para os comunicados divulgados desde o sucedido a 15 de janeiro, em especial para o publicado no dia 22 de janeiro do presente ano, intitulado “Estádio António Coimbra da Mota: segurança como bem presente e futuro”.
Neste comunicado, assinado pelo presidente Carlos Carreiras, a Câmara "assume a sua vinculação total às recomendações constantes do ponto 7 do relatório preliminar do LNEC [de janeiro deste ano]. A saber: (1) Levantamento da distância entre a face interior do bordo sul da laje térrea e o aterro; (2) demolição controlada da laje térrea do interior da bancada; (3) elaboração e implementação de um plano de nivelamento geométrico."
Além disso, e reconhecendo que a morfologia dos terrenos tem implicações na integridade da estrutura, adianta que "a Câmara de Cascais que deve solicitar ao LNEC um estudo abrangente sobre todo o complexo desportivo do Estádio António Coimbra da Mota. Isto para que as matérias de segurança não voltem a terreno fértil à especulação, à demagogia e ao populismo irresponsável".
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