“Não posso crer. Estou desolado. É a pior notícia que os adeptos argentinos podem receber", declarou o presidente da Argentina, Alberto Fernández, ao Clarín, sobre Diego Maradona, que faleceu hoje, aos 60 anos.
A seleção argentina de futebol também já recordou a lenda do futebol.
"Até sempre, Diego. Serás eterno em cada coração do planeta futebol", lê-se numa publicação no Twitter oficial da seleção argentina.
Também a Federação Argentina (AFA), "através do seu presidente Claudio Tapia, manifesta a mais profunda dor pelo falecimento" da "lenda" Diego Armando Maradona.
O Gimnasia y Esgrima, clube que era treinado por Maradona, lamentou a morte do antigo futebolista argentino, garantindo que o “vínculo de amor incondicional” entre ambos vai ficar na sua história.
“Nunca pensamos que teríamos de escrever esta notícia. Do fundo de nossos corações, lamentamos a morte de Diego Armando Maradona, nosso técnico”, refere o clube de La Plata, na província de Buenos Aires, em comunicado. Maradona tinha assumido o comando técnico do clube argentino em setembro de 2019.
“Vamos estranhar a tua ausência a orientar os treinos, ver-te feliz em cada homenagem que te fizeram nos diversos estádios de futebol argentinos, os gritos de golo e estamos orgulhosos por te ter dado esta oportunidade”, acrescenta.
O Boca Juniors, clube no qual jogou antes de se mudar para a Europa e no qual terminou a carreira, lamentou também a sua morte: "Agradecimento eterno. Eterno Maradona".
"Não há palavras", considera o Newell's Old Boys, outro dos clubes pelo qual passou o ‘astro’ argentino.
Maradona começou a carreira no Argentino Juniors, que fala em "Diego Eterno", numa mensagem acompanhada por uma imagem com o número 10, o seu ano de nascimento, 1960, e um símbolo de infinito.
O FC Barcelona agradeceu ao ícone do futebol Diego Maradona, que representou o clube da Liga espanhola por duas épocas.
“Obrigada por tudo, Diego. O FC Barcelona expressa os seus mais sentidos pêsames pela morte de Diego Armando Maradona, jogador do nosso clube e ícone do futebol mundial. Descansa em paz”, escreveram na rede social Twitter.
“Com a camisola do Barça, Maradona demonstrou que era um jogador genial”, nota ainda o clube em comunicado publicado no site.
No Twitter, o Nápoles, clube onde jogou entre 1984 e 1991 e onde foi campeão em 1987 e 1990, publicou inicialmente apenas: "Para Sempre. Adeus, Diego".
"Todos esperam as nossas palavras. Mas que palavras podemos usar para descrever a dor que estamos a sentir? Agora o momento é de lágrimas. Depois haverá tempo para as palavras", explicaram num segundo tweet.
O Sevilha recordou o seu antigo futebolista, afirmando que o argentino vai ser lembrado "assim no céu como na terra".
Maradona passou pelo Sevilha na temporada 1992/93, marcando oito golos em 29 encontros na sua despedida da Europa, após cumprir uma suspensão por doping e antes de regressar definitivamente à Argentina.
"Não me importa o que fizeste na tua vida. Importa-me o que fizeste na minha", escreveu Monchi, diretor desportivo do Sevilha, relembrando uma tarja que foi colocada no regresso de Maradona ao Boca Juniors.
O antigo avançado argentino Claudio Caniggia, que jogou com Maradona nos Mundiais de 1990 e 1994, disse estar “devastado” com a notícia da morte de ‘El Pibe’.
“Estou devastado com a notícia, era o meu irmão da alma. Espero que consigam entender, não tenho palavras neste momento”, escreveu o antigo jogador do Benfica na sua conta do Twitter. “Quero apenas dizer à sua família que os acompanho nesta dor”, concluiu.
Maradona e Caniggia formaram a emblemática dupla da seleção argentina, que foi vice-campeã do Mundo em Itália, em 1990, e jogaram juntos no Boca Juniors durante três épocas, entre 1995/96 e 1997/98.
Pelé também reagiu a esta triste notícia. "Eu perdi um grande amigo e o mundo perdeu uma lenda. Ainda há muito a ser dito, mas por agora, que Deus dê força para os familiares. Um dia, eu espero que possamos jogar bola juntos no céu", publicou no Twitter.
Cristiano Ronaldo também reagiu nas redes sociais, afirmando que se despede de um amigo e o "Mundo despede-se de um génio eterno".
"Um dos melhores de todos os tempos. Um mágico inigualável. Parte demasiado cedo, mas deixa um legado sem limites e um vazio que jamais será preenchido. Descansa em paz, craque. Nunca serás esquecido", lê-se na publicação do avançado da Juventus.
O jogador Lionel Messi utilizou a sua conta de Instagram para realizar a sua homenagem.
"Um dia muito triste para todos os argentinos e para o futebol. Ele deixa-nos, mas não vai embora, porque Diego é eterno. Guardo todos os belos momentos vividos com ele e queria aproveitar a oportunidade para enviar as minhas condolências a todos a sua família e amigos", publicou.
O presidente da FIFA, o suíço Gianni Infantino, disse hoje ter vivido um dia incrivelmente triste, referindo-se ao ex-jogador como “uma lenda, um herói”.
“Hoje, foi um dia incrivelmente triste. O nosso Diego deixou-nos. Os nossos corações – de todos nós que o amámos pelo que era e pelo que representava – pararam por um momento. O nosso silêncio, as nossas lágrimas, a nossa dor é a única coisa que sentimos neste momento”, afirmou Infantino.
“Sempre disse e posso repeti-lo agora, mais convicto do que nunca: O que o Diego fez pelo futebol, por ter-nos feito apaixonar por este lindo jogo, foi único. É, como ele é, simplesmente imenso… O Diego merece a nossa eterna gratidão por isso, por nos ter deslumbrado com o seu incrível talento e sim, por ter sido tão único: por ter sido Diego Armando Maradona, uma lenda, um herói e…um homem”, acrescentou.
O presidente da FIFA realçou ainda a importância do campeonato do mundo de 1986 para o futebol.
“O Diego pode ser agora eterno, mas, para sempre, o Diego vai ter um lugar proeminente na incrível história de todas as lendas do futebol. Os nossos sentimentos mais profundos dirigem-se para a sua família e amigos neste momento difícil. Descansa em paz, querido Diego. Nós amamos-te”, concluiu Infantino.
Já o seu antecessor, Joseph Blatter expressou a sua tristeza em declarações à agência noticiosa francesa AFP, recordando o emblemático golo com a ‘mão de Deus’, nos quartos de final do campeonato do mundo de 1986, no México, na vitória frente à Inglaterra.
“É triste, muito triste, o desaparecimento de um dos melhores jogadores dos nossos tempos. Ele marcou o Mundial do México, com a vitória argentina e com a ‘mão de Deus’, que ele acaba de encontrar”, afirmou Blatter.
O presidente da UEFA, Aleksander Čeferin, também prestou o seu tributo e referiu-se a Diego Maradona como "um génio que alcançou a grandeza como jogador fantástico".
"Estou profundamente entristecido pela morte de Diego Maradona, uma das maiores e mais icónicas figuras do futebol mundial. Estive recentemente em contacto com ele para lhe desejar tudo de bom, por isso esta notícia surge como um choque para mim", referiu Čeferin, citado pelo site da UEFA.
"Fica na história como alguém que deu brilho ao futebol e entusiasmou adeptos de todas as idades com o seu brilhantismo e habilidade. Instrui a UEFA a respeitar um minuto de silêncio em memória de Diego nos jogos desta semana", concluiu.
A seleção de Portugal assinalou a morte do ex-jogador com a mensagem "Até sempre, Diego Armando Maradona", partilhando no Twitter a imagem da publicação da seleção argentina.
“A história tem nome e número”, publicou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional, com a imagem do número 10.
O Benfica também reagiu à morte de Maradona, referindo-se ao argentino como um dos maiores símbolos do futebol e uma “lenda que ficará para a eternidade”.
“O Sport Lisboa e Benfica presta a mais sentida homenagem à memória de um dos maiores símbolos da história do futebol mundial, Diego Armando Maradona. Foi com profunda mágoa que todos nós, que vivemos a paixão única do futebol, recebemos esta terrível notícia de tão prematura partida”, refere o clube em comunicado.
“O mundo perdeu o homem, perdurará a sua arte, os seus dribles, a sua magia e os seus golos que tanto deslumbramento deixaram em todos nós”, conclui.
O Sporting assinalou também a morte do ‘astro’, lembrando o dia em vestiu camisola dos ‘leões’, depois do embate ao serviço do Nápoles, em 1989, acompanhada com uma frase do argentino.
“Se morrer quero voltar a nascer e quero ser futebolista. E quero voltar a ser Diego Armando Maradona. Sou um jogador que deu alegria às pessoas e isso chega e sobra”, foi a frase de Maradona escolhida pelo Sporting.
O Futebol Clube do Porto fez também uma homenagem a Maradona através de uma mensagem na rede social Twitter: "O futebol está mais pobre, o legado permanece. Obrigado pelas memórias, Diego Armando Maradona".
O treinador português José Mourinho lamentou a morte do antigo futebolista. “Don Diego… porra, amigo vou sentir a tua falta”, escreveu numa publicação do Instagram.
A frase acompanha algumas fotografias, como uma de Maradona e do treinador português sentados num banco de suplentes e outra em que sorriem abraçados.
O presidente da Federação Portuguesa de futebol (FPF), Fernando Gomes, afirmou que tomou conhecimento da morte de Diego Armando Maradona com “grande tristeza”.
“Foi com grande tristeza que tomei conhecimento da morte de Maradona, uma lenda do futebol mundial e um ídolo para milhões de adeptos espalhados por todo o mundo”, disse numa nota divulgada no site oficial da FPF.
“Na nossa memória perdurarão momentos tão mágicos como a jogada em que, no Mundial do México, fintou quase toda a seleção inglesa ou, no mesmo jogo, marcou um golo com ‘a mão de Deus’. Deixa-nos lembranças de pura emoção e também uma enorme dívida de gratidão pelo seu legado de incomparável talento e paixão pelo futebol”, acrescenta.
Fernando Gomes endereçou, em nome do futebol português, as suas condolências à Federação Argentina de Futebol (AFA), referindo que todo o mundo do futebol está de luto.
Também o selecionador português, Fernando Santos, afirmou que a morte de Diego Maradona deixa uma “ferida enorme” no futebol mundial.
"O desaparecimento de Maradona é uma ferida enorme que se abre para todo o futebol mundial. Foi um jogador lendário e de um talento ímpar”, afirma Fernando Santos, citado pela FPF.
O selecionar português lembrou que se encontrou com Diego Armando Maradona diversas vezes e que este tinha uma “personalidade única e marcante”.
“Grande jogador de futebol, foi igualmente um dos maiores divulgadores da modalidade que tanto amamos. Descanse em paz", conclui.
O presidente do Parlamento Europeu, o italiano David Sassoli, afirmou hoje que a morte “repentina e inesperada” do argentino “significa o adeus de um imenso talento futebolístico, provavelmente inalcançável”.
“Obrigado por todos os momentos de felicidade e emoção que deste a milhões de adeptos e desportistas de todo o mundo”, escreveu Sassoli na sua conta oficial na rede social Twitter. Sassoli assinalou também esta perda na sua conta pessoal.
Vários clubes europeus despediram-se do argentino, “um dos maiores da história e o verdadeiro grande jogador do futebol mundial”.
”O Real Madrid, o seu presidente e o seu conselho de administração lamentam profundamente o falecimento da lenda do futebol mundial Diego Armando Maradona”, escreveu o emblema madridista, em comunicado, “expressando condolências à família, amigos e fãs argentinos de um dos maiores jogadores da história”.
Também o Atlético de Madrid deixou uma mensagem de despedida: “Hoje uma lenda do futebol mundial deixou-nos. As nossas condolências à família e amigos de Diego Armando Maradona. Descanse em paz”.
Em Inglaterra, o campeão Liverpool definiu Maradona como “um verdadeiro grande do jogo”, enquanto o Tottenham, treinado pelo português José Mourinho, lembrou “um dos maiores que já agraciaram o belo jogo” que é o futebol.
O Manchester United lamentou que o futebol tenha "perdido um dos seus maiores ícones”.
O Manchester City fez também uma homenagem através do Twitter, dizendo: "estamos a juntar-nos ao mundo do futebol para nos despedirmos de um dos grandes do mundo do futebol".
Inter Milão recordou o ‘astro’ argentino: “Cada era teve grandes números 10, mas poucos definiram uma era. Maradona não foi apenas um adversário, ele foi o maior. Adeus, Diego”.
O AC Milan enalteceu o desaparecimento do “eterno campeão” e sublinhou que o futebol e os amantes da modalidade vão agradecer para sempre.
“Descansa em paz, Diego” foi também escrito por clubes como o campeão francês Paris Saint-Germain ou os alemães do Bayern Munique e Borussia Dortmund.
O tenista Juan Martín del Potro e o antigo basquetebolista Manu Ginóbili, outros dois emblemáticos desportistas argentinos, recordaram também Diego Maradona.
“Sinto que regressas ao lugar que te pertence, o céu. Para mim, nunca vais morrer. Descansa em Paz”, escreveu Del Potro.
“[Estou] muito triste! Obrigada Diego por momentos tão bonitos. Um abraço enorme para toda a sua família e para um povo que o amou profundamente”, publicou Ginóbili no Twitter.
O francês Michel Platini revelou hoje que Diego Maradona marcou a sua vida, assumindo-se nostálgico em relação a uma época no futebol que perdeu as suas referências.
“Estou muito, muito triste. É o nosso passado que desaparece. Sinto nostalgia em relação a uma época muito bela. Partiram [Johan] Cruyff, [Alfredo] Di Stefano, [Ferenc] Puskas, grandes jogadores que marcaram a minha juventude. E o Diego marcou a minha vida, como Cruyff”, referiu em declarações à rádio francesa RTL.
“Conheci-o quando ele tinha 17 anos. Jogámos um contra o outro pela primeira vez no jogo Argentina contra o resto do Mundo, em 1979. Ele estava a começar a jogar na seleção. Depois disso, vimo-nos muitas vezes, defrontámo-nos”, recordou.
O mítico 10 da seleção francesa e da Juventus sentia admiração pelo argentino, apesar da rivalidade, contou.
“Não podíamos estar no topo os dois, jogar Mundiais para os ganhar, disputar títulos com a Juventus e o Nápoles e não sermos rivais. A primeira palavra que aprendi em italiano foi desafio”, justificou o antigo presidente da UEFA.
Platini e Maradona foram rivais nos anos 1980 no campeonato italiano, quando o primeiro era a principal figura da Juventus e o segundo era a estrela do Nápoles, tendo-se cruzado também no Mundial 1986.
O presidente da câmara de Nápoles, Luigi de Magistris, também reagiu e propôs hoje rebatizar o estádio do clube com o nome do antigo futebolista.
“Vamos rebatizar o Estádio San Paolo de Diego Armando Maradona!!!”, escreveu o autarca no Twitter, destacando a influência de Maradona na cidade.
A esta sugestão seguiu-se a uma outra publicação, na qual elogiou o argentino: “Diego Armando Maradona, o mais imenso jogador de futebol de todos os tempos, morreu. Diego fez sonhar o nosso povo, redimiu Nápoles com o seu génio. Em 2017 tornou-se nosso cidadão honorário. Diego, napolitano e argentino, deu-nos alegria e felicidade! Nápoles ama-te!”, escreveu o político.
A morte de Maradona foi também lamentada pelas mais altas entidades políticas do país, como o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, que destacou o valor do “inigualável” Maradona.
“O mundo inteiro lamenta a perda de Maradona, que com seu talento incomparável escreveu páginas inesquecíveis na história do futebol. Adeus eterno campeão”, publicou no Twitter.
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