“Temos de parar o ataque de Portugal, que tem movimentos ofensivos muito bons e difíceis de parar. Além disso, os seus jogadores são bastante criativos, tal como nós”, disse Vranjes à agência Lusa, em Malmö, cidade sueca onde se disputará o encontro da terceira jornada do Grupo II.
Após a derrota sofrida no domingo com a Hungria, por 29-28, o treinador previu “um jogo difícil” frente a uma seleção lusa que também perdeu na jornada anterior, frente à Islândia, por 28-25, no qual ambas as equipas “vão querer exibir os músculos”.
“Temos feito um bom campeonato. Jogámos cinco jogos no torneio e, ontem [domingo], estivemos mal durante 15/20 minutos. É normal, mas queremos voltar aos triunfos e é por isso que é importante levantar de imediato a cabeça. Somos uma boa equipa e queremos aproveitar esta oportunidade”, advertiu.
O técnico sueco, que orienta a Eslovénia desde 2019, elogiou o “crescimento notório do andebol português” e manifestou-se preparado para contrair o modelo atacante ‘sete contra seis’ utilizado por Portugal e que esteve na base do histórico triunfo (35-25) sobre a Suécia, vice-campeã europeia, na estreia na ronda principal.
“Não penso sequer que os suecos tenham sido surpreendidos, porque Portugal joga com esse sistema muitas vezes. Simplesmente, não encontraram forma de o defender. Nós também não seremos surpreendidos e vamos, naturalmente, preparar-nos para isso”, observou.
Para Vranjes, que prometeu “lutar pela qualificação para as meias-finais até ao último segundo do último jogo”, o principal problema colocado aos adversários pelo ‘sete contra seis’ português reside no facto de os “obrigar também a mudar a forma de defender, o que nunca é positivo”.
“No jogo com a Suécia tudo lhes correu bem nesse sistema e, se acontecer o mesmo connosco, a nossa tarefa tornar-se-á extremamente complicada. É preciso agir e não apenas reagir, por isso, tentaremos encontrar uma solução”, assinalou.
Para o lateral esquerdo Nik Henigman, a solução pode passar por “um posicionamento defensivo mais próximo” dos jogadores eslovenos e na conclusão “em golos com a baliza aberta dos primeiros dois ou três ataques” lusos no formato ‘sete contra seis’, com o objetivo de “desmoralizar a equipa portuguesa”.
“Há, certamente, forma de contrariar o ‘sete contra seis’. Este é um jogo muito importante para nós. Se quisermos atingir o nosso objetivo de alcançar as meias-finais temos de o ganhar… e vamos ganhá-lo”, assegurou Henigman à agência Lusa.
Apesar da convicção, o lateral esquerdo esloveno reconheceu os “resultados impressionantes” alcançados pela ‘equipa das quinas’ no torneio: “Eliminaram a França na primeira fase e ganharam na ronda principal à Suécia, que joga em casa, por 10 golos de diferença. Melhoram a cada ano que passa”.
Portugal, quarto classificado do Grupo II da ronda principal do Euro2020, com dois pontos, defronta na terça-feira a Eslovénia, segunda posicionada, com quatro, em jogo da terceira jornada, com início às 16:00 (15:00 em Lisboa), na Arena Malmö.
O agrupamento, no qual os dois primeiros se apuram para as meias-finais, é liderado pela Noruega, com seis pontos, que defronta a Islândia (quinta, com dois pontos), enquanto a Hungria, que ocupa o terceiro posto, com quatro pontos, joga com a anfitriã e lanterna-vermelha Suécia, ainda em branco.
Portugal, que regressou ao grande palco do andebol europeu após 14 anos de ausência, tinha entrado na segunda fase do torneio com o ónus da derrota (34-28) com os noruegueses, uma vez que as seleções apuradas na fase preliminar transportam para o ‘main round’ o resultado entre si.
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