De regresso ao Europeu após 14 anos de ausência, Portugal ficou integrado no Grupo D, que se disputa na cidade norueguesa de Trondheim, em conjunto com a anfitriã Noruega e a França, vice-campeã mundial e medalha de bronze, respetivamente, no último Campeonato do Mundo, e a estreante Bósnia-Herzegovina.
A equipa das ‘quinas’ estreia-se na sexta-feira, frente à congénere francesa, que defrontou na ‘poule’ 6 da fase de qualificação, tendo-se imposto por concludente 33-27 em Guimarães, antes de perder em Estrasburgo, também de forma categórica, por 33-24.
A equipa orientada pelo selecionador Paulo Pereira terminou no segundo lugar do grupo, atrás dos franceses, mas conquistou o direito de voltar ao Campeonato da Europa, que disputou pela última vez em 2006, na Suíça, tendo terminado no 15.º lugar.
Gilberto Duarte, autor de nove golos nos dois embates com os gauleses, que contribuíram para fazer do lateral esquerdo o melhor marcador luso na qualificação, com 23 tentos, lesionou-se ao serviço do Montpellier e é uma baixa, aparentemente, insubstituível.
O ponta direito António Areia, pelo contrário, recuperou de uma lesão no joelho esquerdo que o afastou durante mais de um mês da competição e integra a lista de 18 convocados, na qual o FC Porto é, por larga margem, o clube mais representado, com nove jogadores, seguido do Benfica, com três.
Portugal precisa de obter um resultado positivo com a França, antes de defrontar no domingo a Bósnia-Herzegovina, o adversário mais acessível, até porque enfrenta na última jornada a Noruega, finalista vencida no último Mundial e que deverá ser muito apoiada em Trondheim.
Em ano de qualificação para os Jogos Olímpicos Tóquio2020, as grandes potências da modalidade — entre as quais se incluem franceses e noruegueses – devem apresentar-se na máxima força, o que dificultará ainda mais o objetivo da equipa lusa de atingir a segunda fase.
Para seguir em frente no Europeu – no qual tem como melhor resultado o sétimo lugar alcançado em 2000, na Croácia -, Paulo Pereira conta com o guarda-redes Alfredo Quintana e os pivôs Alexis Borges e Daymaro Salina, naturais de Cuba e cuja naturalização elevou muito o nível competitivo da equipa das ‘quinas’.
O desempenho no Torneio Internacional de Espanha, no fim de semana passado, abriu boas perspetivas: Portugal perdeu apenas com a equipa anfitriã, por 30-25, após atingir o intervalo com um empate a 17 golos, e impôs-se à Rússia (27-25) e à Polónia (34-17), ambas também apuradas para o Euro2020.
O torneio será o primeiro a realizar-se em três países — Áustria, Noruega e Suécia — e também o primeiro alargado a 24 seleções, mais oito do que nas anteriores edições, precisamente num ano em que Portugal não necessitou dessa ‘benesse’, efetuando uma fase de qualificação quase irrepreensível.
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