Após uma primeira parte de domínio quase total, mas escassas ocasiões de golo, o Benfica revelou fragilidades defensivas no início da segunda parte, diante de uma equipa minhota já reduzida a 10 elementos, após expulsão de Ygor Nogueira, ao minuto 45, e resolveu o desafio na sua pior fase, com o extremo brasileiro, que somou o quarto golo no campeonato, em evidência.
O triunfo, o terceiro consecutivo na I Liga, permite aos ‘encarnados' cimentar a segunda posição, com 24 pontos, e manter a distância de dois para o líder Sporting, ao passo que o Gil Vicente, ao somar novo desaire, após quatro pontos nos dois embates anteriores, é 14.º, com nove.
Com Vlachodimos, Gilberto, Grimaldo e Pizzi de regresso e ainda Pedrinho e Seferovic nos lugares de Rafa e de Waldschmidt, o Benfica esteve quase sempre instalado no meio-campo adversário durante a primeira parte, mas só a espaços traduziu essa supremacia territorial em ocasiões de golo.
Ativo na pressão ao guarda-redes e aos defesas minhotos, Darwin protagonizou a primeira ocasião do desafio, ao ‘picar' a bola sobre Denis, antes de Rodrigo controlar o lance, ao minuto 16, e voltou a rematar à baliza no minuto seguinte.
A equipa de Barcelos, que apareceu em campo com Talocha, Vítor Carvalho e Antoine Léautey como novidades no ‘onze', raramente encontrou antídoto para contornar o bloco ‘encarnado’, mas, assim que perdia a bola, recuava para a área com organização, anulando vários cruzamentos das ‘águias', sobretudo pelos centrais Ygor Nogueira e Rodrigo.
O perigo voltou a rondar a baliza minhota num remate de Everton, aos 23 minutos, num cabeceamento de Vertonghen, aos 35, e num remate de Gilberto, para intervenção atenta de Denis, aos 38, mas a oportunidade mais flagrante até ao intervalo pertenceu aos anfitriões, com Vítor Carvalho a falhar a baliza por centímetros, num cabeceamento, aos 42.
No final da primeira parte, Ygor Nogueira viu dois cartões amarelos depois de atingir Darwin com o braço em disputas aéreas, aos 39 e aos 45, e deixou o Gil Vicente em inferioridade numérica.
Com a equipa reduzida a 10 elementos, o treinador Ricardo Soares retirou Antoine Léautey após o intervalo e preencheu o vazio no eixo da defesa com Tim Hall, em estreia absoluta na I Liga, enquanto o técnico ‘encarnado', Jorge Jesus, colocou Taarabt no lugar de Pedrinho.
Mesmo com menos jogadores ofensivos, o Gil Vicente reapareceu melhor e esteve muito perto do golo inaugural, por Lucas Mineiro, em dois cantos sucessivos: o médio cabeceou para defesa difícil de Vlachodimos, no primeiro, aos 54, e à trave, no segundo, aos 55.
Quando parecia viver a pior fase, mostrando-se inconsequente no ataque e inseguro na defesa, o Benfica resolveu a partida, tendo Everton como ‘ator principal’: o brasileiro originou o primeiro golo, num cabeceamento que Rodrigo cortou de forma defeituosa, introduzindo a bola na própria baliza, aos 59 minutos, e marcou o segundo, aos 65, também de cabeça, ao segundo poste, em resposta a cruzamento de Seferovic.
Apesar dos barcelenses terem ameaçado o empate pelo meio, num remate de Samuel Lino travado por Vlachodimos, ao minuto 62, a dinâmica do jogo alterou-se após os golos, com a formação ‘encarnada' a manter a bola e a controlar as operações até ao apito final, perante um adversário que continuou a tentar atacar como pôde.
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