Os 27 atletas portugueses que vão representar as cores nacionais em 10 modalidades diferentes nos Jogos Paralímpicos deste ano, em Paris, foram recebidos pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, no Palácio de Belém, em Lisboa.
Após o discurso do presidente do Comité Paralímpico de Portugal, José Manuel Lourenço, que terminou a pedir aos atletas que fizessem apenas o melhor que conseguissem, o presidente Marcelo entregou os dois porta-estandartes aos atletas escolhidos para carregarem as bandeiras na "cidade das luzes".
Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa começou o seu discurso a agradecer aos patrocinadores e autarcas por fazerem aquilo que, às vezes, "o Governo não consegue fazer", referindo-se ao apoio prestado aos atletas, que lhes permite estarem presentes nas competições internacionais.
“Lembrem-se sempre de que são muito bons, tenham a autoestima num plano elevado sempre, que corra bem, muito bem ou menos bem. Vocês são muito bons e irão fazer o melhor que podem, estamos certos”, acrescentou.
O Presidente da República destacou a importância dos Jogos Paralímpicos, considerando que estes são bem menos antigos do que os Jogos Olímpicos, porque “o mundo acordou para essa realidade tarde demais”.
“Também na sociedade portuguesa aconteceu isso, atrasámo-nos, a vários níveis nesta área, mas estamos a fazer caminho”, afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, alertando os atletas de que os Jogos Paris2024 são “um momento único para trabalhar para um futuro melhor”.
O secretário de Estado do Desporto, Pedro Dias, afirmou que os atletas “são Portugal nos Jogos”, mostrando-se convicto de que todos vão superar-se para obter os melhores resultados.
“Vocês são Portugal nos Jogos, o nosso maior desejo é que consigam superar-se. É apenas isso que vos pedimos, desfrutem”, referiu.
O presidente do comité paralímpico nacional, José Lourenço, garantiu que Portugal chega a Paris com o sentimento de “dever cumprido” na renovação e no futuro do desporto, lembrando ainda que este "foi o primeiro ciclo completo em que se verificam condições de equidade entre olímpicos e paralímpicos”.
“Partimos para Paris com vários motivos dos quais nos podemos orgulhar: temos a média mais baixa de idades (31 anos, contra os 36 de Tóquio2020), a mais baixa desde Pequim2008, o maior rácio de participação feminina e um número recorde de modalidades”, afirmou.
Na receção à comitiva, que decorreu no antigo Picadeiro Real, em Lisboa, foram apresentados como porta-estandartes para a cerimónia de abertura o nadador Diogo Cancela e a atiradora Margarida Lapa.
A comitiva lusa parte já no próximo domingo, dia 25 de agosto, para Paris à procura de bons resultados e, se possível, de novas medalhas paralímpicas.
A competição começa no dia 28 de agosto e termina a 8 de setembro.
Em relação aos Jogos Tóquio2020, Portugal leva menos seis atletas, mas mantém na comitiva o canoísta Norberto Mourão e o lançador do peso Miguel Monteiro, os ‘donos’ dos dois bronzes conseguidos em 2021, depois de os Jogos terem sido adiados um ano devido à pandemia de covid-19.
A comitiva paralímpica aos Jogos de Paris, que decorrerão entre quarta-feira e 08 de setembro, integra sete estreantes, um dos quais Filipe Marques, no triatlo, modalidade na qual Portugal fará a sua estreia em competições paralímpicas.
Os restantes estreantes na comitiva nacional, com uma média de idades de 31 anos, são Mamudo Baldé, no atletismo, Ana Correia, José Gonçalves e David Araújo, no boccia, Tomás Cordeiro, na natação, e Margarida Lapa, no tiro.
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