Miguel Oliveira chega a Espanha, ao circuito de Jérez, vindo de um excelente resultado nos Estados Unidos da América. Depois de ter falhado o GP da Argentina devido a lesão, o piloto português da Aprilia regressou no Circuit of The Americas (COTA) e impressionou na corrida desse domingo. Oliveira, no que se pode dizer ser o seu arranque de temporada, depois do que aconteceu em Portimão, esteve agressivo e rápido no circuito situado no Texas.
Em Jérez, pista em que Fabio Quartararo também costuma ser muito bom, Oliveira tenta levar a equipa da RNF a voos mais altos e tenta 'bater' os seus companheiros de marca. Na sexta-feira, Oliveira esteve bem, colocando-se na Q2 (segunda ronda de qualificação) rapidamente, resultado dos seus bons tempos.
"À tarde era difícil fazer o ‘time-attack’. Também foi difícil manter o ritmo, porque era muito fácil errar e ficar longe. Acho que houve problemas com os quais todos os pilotos tiveram que lutar. Mas trabalhamos bem e acabei por fazer uma volta limpa. Estou feliz por ir direto para o Q2.”, afirmou Miguel Oliveira, aos microfones do MotoGP, referindo-se ao calor e ao vento na sessão sentidos na sessão de sexta à tarde em Jérez.
Fabio Quartararo, campeão de 2021, tem em Jérez uma excelente oportunidade para virar 'a sua sorte'. O piloto francês fez a sua primeira pole em 2019 aqui, a sua primeira vitória em 2020 foi aqui e ainda conquistou uma segunda vitória aqui em 2020 (ronda dupla, devido à pandemia da COVID-19). 2021 poderia ter dado mais uma vitória, mas um lesão no cotovelo fê-lo ficar em segundo, atrás de Francesco 'Pecco' Bagnaia.
Para o piloto francês, em declarações ao The-Race, será "impossível" colocar mais um troféu na sua casa. Quartararo afirmou que "é difícil explicar o que está mal. A sensação que tive em cima da moto quando entrava em cada curva, parecia que não iria acabar (a volta)". No final de sexta-feira, Quartararo terminou em 16.º nos tempos combinados.
"O problema é que não sabemos o porquê de sermos tão lentos. A moto é muito agressiva, não consigo curvar. Sendo honesto, todos os anos estamos a perder os nossos pontos fortes do passado. O curvar e a nossa velocidade em curva há quatro anos era o melhor. Tínhamos estabilidade na mota", explicou Quartararo ao The-Race.
Jérez vê o regresso do herói da casa. Dani Pedrosa está a fazer a participar e na sexta-feira impressionou tudo e todos, e até se impressionou a si mesmo. O piloto espanhol, piloto de testes da KTM, ficou na frente na primeira sessão do fim de semana, sendo terceiro classificado nos tempos combinados.
O piloto de 37 anos, afirmou ao The-Race, estar impressionado com a sua performance, mostrando algumas dificuldades na tarde de sexta-feira, muito devido às condições climatéricas sentidas no circuito.
"Fiquei surpreendido e estava sempre a pensar que os outros, a qualquer momento, iriam fazer melhor. Não aconteceu, mas tive boas sensações. Estou muito contente por continuar a melhorar com esta idade. A tarde foi mais difícil, devido às condições de pista. Com o vento e as temperaturas altas não consegui melhorar, mas há pilotos que fizeram melhor com estas difíceis condições de pista", explicou o piloto que já venceu no MotoGP por 31 vezes e conta com 112 pódios na classe rainha.
Por fim, referência a Marc Márquez. O piloto da Honda continua de fora, tentando recuperar e voltar a pilotar no Grande Prémio da França. Assim, a Honda foi até ao Mundial de Superbikes (WorldSBK) buscar Iker Lecuona, piloto da marca nesse campeonato. Lecuona regressa assim ao MotoGP, depois de ter estado entre 2019 e 2021 aos comandos das motos da Tech3.
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