Os sucessos nas duas estafetas de 4×400 metros e 100 metros barreiras deixaram os norte-americanos como ‘grandes açambarcadores’, já que a seguir aparecem Jamaica e Quénia, com 12 e 11, respetivamente.
A grande marca do último dia, para o setor masculino, foi justamente de um queniano, Timothy Cheruyot, que nos 1.500 metros fez um ‘contrarrelógio’ espantoso, para ganhar em 3.29,26 minutos.
A corrida, mais rápida do que é habitual em finais, viu o argelino Taoufik Makhloufi ficar com a prata, com 3.31,38 minutos. O terceiro lugar foi uma ‘final europeia’, com o polaco Marcin Lewandowski a bater o recorde nacional, com 3.31,46, e a surpreender o norueguês Jacob Ingerbritsen.
Destaque, no setor feminino, para a mais folgada vitória de sempre, no salto em comprimento – Malaika Mihambo, da Alemanha, fez 7,30 metros e a ucraniana Maryna Bekh-Romanchuk 6,92, mais um centímetro que a nigeriana Ese Brume.
Nos 100 metros barreiras, a norte-americana Nia Ali surpreendeu as principais candidatas e triunfou em 12,34 segundos, nona melhor marca de sempre.
Seguiram-se a sua compatriota Kendra Herrison, recordista mundial e que costuma ‘falhar’ nas grandes competições. Fez 12,46 segundos, superando por um centésimo a jamaicana Danielle Williams, líder do ano.
Surpresa também nos 10.000 metros masculinos, muito táticos: venceu o ugandês Joshua Cheptegei (26.48,36 minutos), após uma emocionante última volta ombro a ombro com o etíope Yomif Kejelcha (26.49,34).
Um pouco mais distante ficou o bronze, conquistado pelo queniano Rhone Kipruto em 26.50,32 minutos.
Grande surpresa no lançamento do dardo, ainda que com uma marca também relativamente ‘pobre’, face ao que se tem visto em Doha – triunfou um atleta de Granada, Anderson Peters (86,89 metros).
Seguiram-se Magnus Kirt, da Estónia (86,21 metros) e Johannes Vetter, da Alemanha (85,37), que eram os grandes favoritos.
Como se esperava, os Estados Unidos selaram estes Mundiais de Doha com vitórias nas estafetas longas.
Primeiro, no setor feminino, em 3.18,92 minutos. Seguiram-se a Polónia (recorde nacional a 3.21,89) e a Jamaica (3.22,37).
Depois, no setor masculino, a redimirem-se do insucesso de há dois anos, agora com a excelente marca de 2.56,69 minutos. A prata foi para os jamaicanos, com 2.57,90, e o bronze para os belgas (2.58,78), enquanto que os campeões de Londres2017, Trindade e Tobago, se ficaram pelo quinto posto.
Com mais estas vitórias, os Estados Unidos fecham com 14 ouros, 11 pratas e quatro bronzes.
A grande distância, o Quénia (5/2/4) e a Jamaica (3/5/4). O melhor europeu foi a Grã-Bretanha, em sexto (2/3/0), enquanto que Portugal, com uma prata, fica no grupo dos 27.ºs.
A mesma tendência, na classificação de pontos, em que os Estados Unidos encerram com 310, mais do dobro do segundo, que é o Quénia, com 122. A Jamaica chega aos 115.
O melhor europeu, em sexto, é a Grã-Bretanha, com 82 pontos, e aqui Portugal é 31.º, com 13.
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