A decisão foi tomada pelo grupo de trabalho depois da chegada ao Estádio do Bonfim, local para onde estava agendada a sessão, tendo em vista a preparação do jogo de segunda-feira, com o Olhanense, a contar para a série H do Campeonato de Portugal.

A recusa em treinar acontece depois de o plantel já ter tomado uma posição idêntica em 29 de setembro, altura em que a direção então liderada por Paulo Gomes se encontrava demissionária e o incumprimento era uma realidade.

A chegada de Paulo Rodrigues (eleito em 18 de outubro) à presidência do Vitória de Setúbal, clube que foi relegado da I Liga ao Campeonato de Portugal por incumprimento dos pressupostos para inscrição nas provas profissionais, não impediu o avolumar da crise do plantel.

Em comunicado publicado na quinta-feira no sítio oficial do clube na Internet, a direção vitoriana, sem mencionar os vencimentos dos jogadores da equipa de futebol, admitiu dificuldades na regularização dos salários aos funcionários do clube.

“Os salários em atraso são de 18.000 euros (julho), 24.000 (agosto) e 23.000 (setembro), arredondados. Não havendo ‘boa vontade’ em resolver este assunto, nada conseguimos fazer nestas duas últimas semanas para solucionar este problema, que é um problema de todos nós. Ainda não conseguimos ter acesso às contas bancárias e a sua alteração dos antigos diretores nas finanças e no banco, quer das contas do clube e da SAD”, lamentam.

Questões relacionadas com “erros burocráticos e processuais” da anterior direção, liderada por Paulo Gomes, são apontadas como entrave à resolução do problema.

“Este problema persiste por diversos erros burocráticos e processuais na entrega das cartas de renúncia dos anteriores membros da direção, que não estavam em conformidade segundo as diretrizes da conservatória para emissão das certidões que conferem os poderes para podermos movimentar as contas do Vitória FC”, referem.