Numa prova conquistada pelo norte-irlandês Kris Meeke (Hyundai i20), Teodósio concluiu as oito classificativas a 1.18,8 minutos do vencedor, com o espanhol Alejandro Cachón (Citroën C3) em segundo, a 54,3.
Como Cachón não pontua para o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Teodósio, que já tinha sido campeão em 2019 e 2021, ficou com os pontos do segundo lugar.
Armindo Araújo (Skoda Fábia) foi quarto, a 17,6 de Teodósio, e cedeu o cetro ao piloto algarvio.
O quinto lugar de Miguel Correia (Skoda Fábia) fez o piloto bracarense descer do primeiro ao terceiro lugar do campeonato.
Ricardo Teodósio manteve sempre uma toada segura ao longo de todo o dia, enquanto Armindo Araújo errou na escolha de pneus para os dois primeiros troços da manhã, optando pelos duros em vez dos macios.
Com essa escolha, cedeu 40 segundos logo a abrir o dia, ficando fora da luta pela vitória, o único resultado que lhe interessava para poder ser campeão.
José Pedro Fontes (Citroën C3), outro dos pilotos ainda na luta, deu um toque com o lado esquerdo da traseira numa curva e ficou fora de prova e das contas do campeonato.
No final, Ricardo Teodósio dedicou o título ao britânico Craig Breen, que começou a temporada como seu companheiro de equipa na Hyundai Portugal, mas viria a falecer num acidente quando preparava o Rali da Croácia, do Campeonato do Mundo.
“Sinto uma enorme alegria com a conquista do título e tenho de agradecer, em primeiro lugar, à Hyundai e aos meus patrocinadores pela confiança depositada. Não foi uma época fácil, mas acreditei sempre que este seria o meu ano e que no final poderia fazer a festa. E neste momento não posso esquecer o Craig Breen, a quem também dedico a vitória no campeonato”, disse o piloto algarvio.
O próprio Kris Meeke, vencedor na Marinha Grande, lembrou Craig Breen na hora de festejar.
“Antes de mais, recordo o meu amigo Craig Breen, pois se não fosse ele eu não estaria aqui. Adorei ter competido no Campeonato de Portugal de Ralis ao volante do Hyundai i20 N Rally2. Estou feliz por mais esta vitória numa prova difícil, dadas as condições atmosféricas incertas, e mais ainda pelo meu colega Ricardo, que merece inteiramente ser campeão”, sublinhou.
Com estes resultados, e já descontando o pior resultado da época, Ricardo Teodósio somou 128 pontos, mais sete do que Armindo Araújo, que foi vice-campeão, em igualdade pontual com Miguel Correia.
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